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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta segunda-feira o reajuste nas tarifas de distribuição de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). Apesar de as altas superarem 20% em alguns casos, a corretora SLW considerou os reajustes abaixo do esperado.
A estatal mineira Cemig terá reajuste médio de 6,21%. O aumento - que entra em vigor a partir desta terça-feira - será aplicado para 6,69 milhões de consumidores em 774 municípios mineiros. Para as residências e o comércio, o reajuste será de 4,87%. Já as indústrias terão uma média maior de 9,42%, o que preocupa a corretora SLW pela possível redução no consumo das empresas.
Para definir o reajuste, a Aneel levou em conta a variação de 6,27% do IGP-M nos últimos 12 meses, a variação do dólar desde abril de 2008 e também a compra de energia produzida por térmicas para calcular o valor. As ações da empresa caíram nesta segunda.
Diferentemente da empresa mineira, as ações da CPFL não devem sofrer com a decisão da Aneel, segundo a SLW. O aumento médio aplicado foi de 21,56%, para 3,42 milhões de unidades consumidores, em 234 municípios do interior do estado.
Na conta do reajuste para a CPFL Paulista entrou a incidência de encargos setoriais, como o programa de incentivo à utilização de energia de fontes renováveis, o Proinfa. Para os consumidores que recebem energia em baixa tensão, como residências e comércio, o aumento será de 20,19%. E para as indústrias, que recebem energia em alta tensão, o reajuste será, em média, de 23,71%.
Às 9h57, as ações da CPFL Energia eram negociadas à US$ 33,77, com alta de 0,36%. Já os papéis da Cemig, valiam US$ 35,18, alta de 1,82%.