Quer sucesso no mercado? Estude cada vez mais, recomendam especialistas
Busca por informação é fundamental para o investidor, dizem Pedro Thompson, CEO da EXAME, e Thiago Salomão, do podcast Stock Pickers, na Brasa Talks
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2020 às 18h02.
Última atualização em 18 de novembro de 2020 às 18h47.
Não há atalhos. O estudo e a busca incessante pela informação são caminhos fundamentais para que investidores possam alcançar seus objetivos no mercado financeiro. Foi o que afirmaram Pedro Thompson, CEO da EXAME, e Thiago Salomão, apresentador do podcast Stock Pickers, do InfoMoney, em painel que abriu a edição 2020 da Brasa Talks nesta quarta, 18.
A Brasa Talks é umaconferência promovida pela Brasa, uma associação de estudantes brasileiros no exterior, com o objetivo de discutir temas relevantes para a economia e para o mercado financeiro.
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Thompson e Salomão discutiram a importância da informação no ambiente de investimentos e educação financeira no Brasil em meio às transformações do mercado nos últimos anos, como o aumento do número de investidores pessoas físicas na bolsa, a B3. Thompson destacou que o assunto de finanças pessoais tem uma audiência cada vez mais ampla."Não é um nicho. É algo cotidiano, que faz parte da rotina das pessoas no dia a dia, assim como manter a saúde. É uma necessidade para todas as pessoas", afirmou.
Questionados sobre como novos investidores podem distinguir informações financeiras confiáveis de outras que podem ter o objetivo de manipulação, os dois especialistas compartilharam sua visão do que entendem ser fundamental.
Thompson destacou o aumento do número de fontes qualificadas que conseguem ter uma linguagem acessível para muitos perfis de investidores. Ele também ressaltou a importãncia de o investidor buscar informações por conta própria. "Estudo é fundamental."
Salomão também defendeu que o investidor aproveite a disponibilidade de conteúdo na internet para buscar aprender aos poucos sobre o mercado, sempre que possível em fontes primárias de informação, como os sites de relações com investidores das companhias que estão na bolsa.
O apresentador do Stock Pickers também disse encarar de maneira positiva o aumento do número de fontes de informação financeira, elogiando a concorrência cada vez maior. "Isso te exige entregar sempre um conteúdo melhor, a acordar mais cedo e a trabalhar mais para se aprimorar e evoluir", disse o especialista em finanças pessoais. Ambos concordaram que a busca de informações é uma mudança cultural que veio para ficar, cada vez mais disseminada nos hábitos das gerações mais novas.
"Eu tenho uma crença: as grandes personalidades do mercado, investidores que se sobressaíram, são todos fundamentalistas", afirmou Thompson. Foi uma referência à análise fundamentalista, que leva em conta a avaliação de indicadores financeiros e setoriais, tendências de negócios etc. para avaliar o valor de uma ação. Ele defendeu que o investidor busque uma variedade de informações sobre como a empresa escolhida como ativo se comporta, citando diferentes variáveis.
Salomão ressaltou que a busca por informações de finanças pessoais ficará facilitada se o investidor gostar do assunto. "Fazer o que você gosta é o mais importante não só para o mercado como para a vida. Busque fazer aquilo de que você gosta. E se é o mercado financeiro, busque informação, as fontes que são qualificadas. Vá atrás", recomendou.
Revolução silenciosa
Thompson destacou que o país vive um fenômeno conhecido como financial deepening, que é a busca por produtos financeiros mais sofisticados, em decorrência em parte do ambiente de baixas taxas de juros. "Nossa missão é encurtar o caminho para a informação para todo mundo, oferecendo um conteúdo de qualidade que é cada vez mais indispensável", afirmou.
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Os dois especialistas apontaram um amadurecimento da cobertura de finanças no país. O executivo da EXAME deu um exemplo: a eleição de Joe Biden como próximo presidente dos Estados Unidos. "Não é mais só a notícia em si. É preciso dizer como isso vai impactar o mercado e os ativos dos investidores que vão ler o conteúdo", explicou.
Salomão descreveu o fenômeno como uma "revolução silenciosa" em andamento. Apontou a forma como os jornais diários noticiam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juro no dia seguinte. "Há uma mudança de discurso. Os jornais vão além de dizer como a decisão do Copom impacta a poupança, como costumavam fazer", exemplificou.