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Quanto custa fazer uma pós-graduação no exterior

Veja quanto custam os cursos, os exames e o custo de vida para acertar no planejamento

MBA em Harvard custa em média 50.000 dólares, segundo gerente da Fundação Estudar (Pingswept/Wikicommons)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2012 às 11h06.

São Paulo - Ao planejar uma pós-graduação no exterior, um dos principais pontos estudados são os gastos. Como os custos podem ser bastante elevados, é muito importante fazer um planejamento que comporte todos as futuras despesas, sem equívocos.

Veja a seguir os principais custos envolvidos na realização de uma pós-graduação no exterior e como planejar a viagem.

Custos do curso

O site Hotcourses, que possui um banco dados com aproximadamente 400.000 cursos em mais de 3.000 Instituições nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Cingapura, divulgou em outubro de 2011 uma pesquisa realizada com algumas das principais instituições de ensino dos países mais procurados para realização de pós-graduação no exterior. Veja na tabela abaixo o resultado dos custos médios da anuidade dos cursos em cada local.

PaísValor pós-graduação
Austrália11.000 a 20.000 dólares
Cingapura10.000 a 12.000 dólares
Estados Unidos19.000 a 27.000 dólares
Malásia5.000 a 10.000 dólares
Reino Unido11.000 a 40.000 dólares

Segundo Tiago Mitraud, gerente de produtos da Fundação Estudar, que financia bolsas de MBA para brasileiros no exterior, nas universidades mais renomadas, como Harvard, Oxford e MIT, os MBAs podem ter custos acima da média apresentada na tabela. “Nestas universidades, os cursos já custam em média, por ano, 50.000 dólares nos Estados Unidos e 40.000 ou 50.000 libras na Inglaterra”, afirma.

Os valores são descritos na forma de anuidades porque a maior parte das universidades estrangeiras, sobretudo da Europa e nos Estados Unidos, fazem a cobrança dos cursos por meio de uma taxa anual chamada “tuition fee”. Esta taxa seria o correspondente às nossas mensalidades, mas todas agrupadas em uma parcela.

A tuition fee é assim que o aluno se matricula no curso. Algumas delas oferecem opções de financiamento e as condições são avaliadas de acordo com cada aluno. “Eles avaliam a capacidade financeira do aluno e se ele é interessante para a faculdade. Se eles realmente quiserem absorvê-lo, podem financiar em mais tempo”, explica Mitraud.

Frederico Morais, gerente de vendas da agência de viagens STB, líder de mercado em educação internacional, comenta que os valores dos cursos podem variar muito. “Um curso de extensão de quatro meses pode custar de 14.000 reais a 100.000 reais ou até mais se for feito na universidade Harvard”. Ele disse que um dos cursos mais vendidos na STB são os cursos de extensão voltados a negócios, nas áreas de marketing, finanças e administração. Um curso muito pedido, segundo ele, é o curso de extensão em finanças da Universidade da Califórnia - Berkeley. Ele custa 13.500 dólares e dura quatro meses.


Pela cobrança na forma da tuition fee, a maior parte dos clientes paga o curso à vista, segundo Morais. Mas, também existem opções de financiamento. Na STB, por exemplo, eles oferecem linhas de financiamento do Santander, com prazos de até 24 meses e juros de 0,9% ao mês.

Além da tuition fee, a maior parte das universidades cobram também taxas de matrícula, que variam de acordo com o curso. A brasileira Juliana Teixeira fez um curso de extensão de um ano de comunicação visual no Instituto Europeu de Design, em Roma. “Foram 3.500 euros de taxa de inscrição, mais 9.000 euros do curso", explica.

Exames de admissão

Para Frederico Morais, antes mesmo de pensar em começar a pesquisar os cursos, o interessado deve avaliar a sua fluência nas línguas estrangeiras. “Muita gente quer dar passo maior que a perna”, diz. Ele explica que muitas universidades exigem testes de proficiência da língua adotada no curso.

Os testes de proficiência em inglês mais comumente exigidos são o International English Language Testing System (IELTS), o Test of English as a Foreign Language (TOEFL) e o Test of English for International Communication (TOEIC). Segundo a escola de idiomas Alumni, o valor para realização do Toefl é 210 dólares, o IELTS, exame criado pelo British Council, custa 440 reais, segundo consta no site do órgão e o TOEIC, segundo a escola de idiomas Wizard, custa 210 reais.

Além da aprovação em testes de proficiência, conforme explica o gerente da STB, para cursos de extensão há a exigência que o estudante seja graduado. E, para realização de mestrado ou MBA, as universidades exigem conhecimento específico na área de atuação do curso e avaliam isto por meio de testes de conhecimento especializados.

Um teste bastante exigido por escolas de negócios, por exemplo, é o Graduate Management Admissions Test (GMAT), que pode ser realizado mediante pagamento de uma taxa no valor de 250 dólares. Outro teste bastante aplicado é o Graduate Record Examination (GRE). Ele é usado tanto em escolas de negócios, quanto de outras áreas, e tem uma taxa de 190 dólares.

Custo de vida

Gastos com moradia, contas de telefone, água e luz, alimentação, transporte e gastos variáveis, com lazer e com viagens nos finais de semana, devem ser estimados no planejamento.

Na pesquisa do site Hotcourses, também foram incluídos os valores médios de aluguel em cada localidade, de transporte e do ingresso do cinema. Veja os resultados na tabela:

PaísCusto do aluguel mensal de um quarto individualValor médio mensal gasto com transporteValor do ingresso do cinema
AustráliaUS$ 725US$ 95,48US$ 15,93
CingapuraUS$ 285US$ 36,80US$ 7,07
Estados UnidosUS$ 600US$ 54,46US$ 9,39
MalásiaUS$ 115US$ 19,86US$ 3,46
Nova ZelândiaUS$ 660US$ 74,56US$ 7,79
Reino UnidoUS$ 625US$ 89,80US$ 11,89

Boa parte das universidades possuem em seus sites um espaço dedicado apenas a informações sobre o custo de vida do local e sobre os gastos que costumam estar envolvidos com a realização do curso. No site da London School of Business & Finance, por exemplo, eles informam a estimativa total de gastos com moradia, aquecimento, alimentação, roupa, entretenimento e outros. E segundo eles, uma pessoa gasta em média 10.000 libras por ano para se manter em Londres.

No site de Harvard, é possível pesquisar os gastos estimados de acordo com o curso pretendido (uma vez que os cursos podem ter valores diferentes de livros, ou gastos extras com viagens, por exemplo).

Um gasto que também é essencial e deve estar no planejamento é o seguro de saúde. Nos sites das universidades também é possível pesquisar os custos anuais do seguro. A Harvard informa, por exemplo, que o custo anual com seguro de saúde nos Estados Unidos é de 2.168 dólares.

O site do British Council também tem informações sobre os custos de vida no Reino Unido e links para sites que informam gastos específicos para cada país da região.

Vistos e outras documentações

Alguns países exigem que o estudante comprove que possui uma renda suficiente para pagar o curso e para manter seus gastos no país de destino. Nos Estados Unidos, por exemplo, depois da matrícula as escolas enviam ao estudante um documento chamado I-20, que deve ser preenchido com diversas informações e deve conter a comprovação de renda do aluno, por meio de extratos bancários ou de uma carta assinada pelo banco com o histórico de renda do cliente. É por meio do I-20 que o aluno também comprova sua matrícula no curso para que a Embaixada Americana possa conceder o visto estudantil.

No site da STB é possível pesquisar os documentos necessários para obtenção dos vistos e as taxas consulares nos principais países de destino dos brasileiros. Nos Estados Unidos, eles informam que a taxa consular, mais os honorários, custam 526 reais no total e no Canadá, 440 reais. Na Inglaterra, os valores sobem para 807 reais e na Austrália,1.287 reais.

Como investir

O professor de economia da USP e fundador da QTK consultoria, Luiz Jurandir Simões, morou durante seis meses nos Estados Unidos e, apesar de não ter realizado uma pós-graduação, participou de muitos seminários e cursos mais curtos. Ele orienta que o investimento para uma viagem longa seja feito em instrumentos cambiais, como um fundo cambial, cujo rendimento varia de acordo com as oscilações do dólar e do euro. “Para a minha viagem eu apliquei tudo em um fundo cambial, é mais seguro”, diz.

Se não houver um fundo cambial baseado na moeda usada no país de destino, a renda fixa também pode ser uma opção. No curto prazo, até seis meses, a poupança pode ser a melhor opção porque é isenta de imposto de renda, e acima de um ano são mais vantajosos investimentos em Tesouro Direto, CDBs e fundos DI.


Como o objetivo é bancar a viagem e não obter altos rendimentos, não é indicado que os valores sejam aplicados em instrumentos de renda variável, à exceção do fundo cambial, para que não se corra o risco de sofrer prejuízos e comprometer a viagem.

Simões vendeu o seu carro antes de viajar e recomenda que quem está pensando em morar um tempo fora faça o mesmo. “Vale a pena vender porque o carro deprecia e se você não vende tem que pagar seguro, IPVA e outras despesas sem usar o carro”, explica.

Bolsas

Diversas instituições, tanto nacionais, quanto internacionais oferecem bolsas de estudo para realização de cursos no exterior. O Capes, órgão do Ministério da Educação, oferece milhares de bolsas por ano. As informações sobre os programas podem ser encontradas no site do Capes.

A Fundação Estudar, por exemplo, todo ano oferece entre 30 e 40 bolsas de pós-graduação e graduação. Os candidatos passam por um intenso processo de seleção, que dura alguns meses. “Na seleção nós identificamos se o participante tem potencial para se transformar em um grande líder por meio de dinâmicas de grupo, entrevistas, testes de raciocínio, experiencias passadas e objetivos de vida”, explica o gerente de produtos da fundação.

Em outras universidades, os processos de bolsa também buscam analisar profundamente o perfil do candidato, para que sejam premiados aqueles com maior potencial de crescimento na carreira. “Inúmeras universidades internacionais oferecem bolsas para estrangeiros. Em algumas inclusive pode ser mais fácil de ganhar, porque elas buscam às vezes um perfil específico: brasileiros ou mulheres, por exemplo”, explica Tiago Mitraud.

Guilherme Borducchi conseguiu uma bolsa na Universidade de Navarra em Pamplona, no curso Master em Gestão de Empresas de Comunicação. “Eu consegui a minha bolsa em uma fundação espanhola chamada Fundación Carolina. Eles têm uma série de programas destinados a alunos latino-americanos (em todas as áreas, humanas, biológicas e exatas), geralmente cofinanciados por instituições espanholas. No meu caso, era uma bolsa com suporte do Banco Santander”, conta.

Veja também

São Paulo - Ao planejar uma pós-graduação no exterior, um dos principais pontos estudados são os gastos. Como os custos podem ser bastante elevados, é muito importante fazer um planejamento que comporte todos as futuras despesas, sem equívocos.

Veja a seguir os principais custos envolvidos na realização de uma pós-graduação no exterior e como planejar a viagem.

Custos do curso

O site Hotcourses, que possui um banco dados com aproximadamente 400.000 cursos em mais de 3.000 Instituições nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Cingapura, divulgou em outubro de 2011 uma pesquisa realizada com algumas das principais instituições de ensino dos países mais procurados para realização de pós-graduação no exterior. Veja na tabela abaixo o resultado dos custos médios da anuidade dos cursos em cada local.

PaísValor pós-graduação
Austrália11.000 a 20.000 dólares
Cingapura10.000 a 12.000 dólares
Estados Unidos19.000 a 27.000 dólares
Malásia5.000 a 10.000 dólares
Reino Unido11.000 a 40.000 dólares

Segundo Tiago Mitraud, gerente de produtos da Fundação Estudar, que financia bolsas de MBA para brasileiros no exterior, nas universidades mais renomadas, como Harvard, Oxford e MIT, os MBAs podem ter custos acima da média apresentada na tabela. “Nestas universidades, os cursos já custam em média, por ano, 50.000 dólares nos Estados Unidos e 40.000 ou 50.000 libras na Inglaterra”, afirma.

Os valores são descritos na forma de anuidades porque a maior parte das universidades estrangeiras, sobretudo da Europa e nos Estados Unidos, fazem a cobrança dos cursos por meio de uma taxa anual chamada “tuition fee”. Esta taxa seria o correspondente às nossas mensalidades, mas todas agrupadas em uma parcela.

A tuition fee é assim que o aluno se matricula no curso. Algumas delas oferecem opções de financiamento e as condições são avaliadas de acordo com cada aluno. “Eles avaliam a capacidade financeira do aluno e se ele é interessante para a faculdade. Se eles realmente quiserem absorvê-lo, podem financiar em mais tempo”, explica Mitraud.

Frederico Morais, gerente de vendas da agência de viagens STB, líder de mercado em educação internacional, comenta que os valores dos cursos podem variar muito. “Um curso de extensão de quatro meses pode custar de 14.000 reais a 100.000 reais ou até mais se for feito na universidade Harvard”. Ele disse que um dos cursos mais vendidos na STB são os cursos de extensão voltados a negócios, nas áreas de marketing, finanças e administração. Um curso muito pedido, segundo ele, é o curso de extensão em finanças da Universidade da Califórnia - Berkeley. Ele custa 13.500 dólares e dura quatro meses.


Pela cobrança na forma da tuition fee, a maior parte dos clientes paga o curso à vista, segundo Morais. Mas, também existem opções de financiamento. Na STB, por exemplo, eles oferecem linhas de financiamento do Santander, com prazos de até 24 meses e juros de 0,9% ao mês.

Além da tuition fee, a maior parte das universidades cobram também taxas de matrícula, que variam de acordo com o curso. A brasileira Juliana Teixeira fez um curso de extensão de um ano de comunicação visual no Instituto Europeu de Design, em Roma. “Foram 3.500 euros de taxa de inscrição, mais 9.000 euros do curso", explica.

Exames de admissão

Para Frederico Morais, antes mesmo de pensar em começar a pesquisar os cursos, o interessado deve avaliar a sua fluência nas línguas estrangeiras. “Muita gente quer dar passo maior que a perna”, diz. Ele explica que muitas universidades exigem testes de proficiência da língua adotada no curso.

Os testes de proficiência em inglês mais comumente exigidos são o International English Language Testing System (IELTS), o Test of English as a Foreign Language (TOEFL) e o Test of English for International Communication (TOEIC). Segundo a escola de idiomas Alumni, o valor para realização do Toefl é 210 dólares, o IELTS, exame criado pelo British Council, custa 440 reais, segundo consta no site do órgão e o TOEIC, segundo a escola de idiomas Wizard, custa 210 reais.

Além da aprovação em testes de proficiência, conforme explica o gerente da STB, para cursos de extensão há a exigência que o estudante seja graduado. E, para realização de mestrado ou MBA, as universidades exigem conhecimento específico na área de atuação do curso e avaliam isto por meio de testes de conhecimento especializados.

Um teste bastante exigido por escolas de negócios, por exemplo, é o Graduate Management Admissions Test (GMAT), que pode ser realizado mediante pagamento de uma taxa no valor de 250 dólares. Outro teste bastante aplicado é o Graduate Record Examination (GRE). Ele é usado tanto em escolas de negócios, quanto de outras áreas, e tem uma taxa de 190 dólares.

Custo de vida

Gastos com moradia, contas de telefone, água e luz, alimentação, transporte e gastos variáveis, com lazer e com viagens nos finais de semana, devem ser estimados no planejamento.

Na pesquisa do site Hotcourses, também foram incluídos os valores médios de aluguel em cada localidade, de transporte e do ingresso do cinema. Veja os resultados na tabela:

PaísCusto do aluguel mensal de um quarto individualValor médio mensal gasto com transporteValor do ingresso do cinema
AustráliaUS$ 725US$ 95,48US$ 15,93
CingapuraUS$ 285US$ 36,80US$ 7,07
Estados UnidosUS$ 600US$ 54,46US$ 9,39
MalásiaUS$ 115US$ 19,86US$ 3,46
Nova ZelândiaUS$ 660US$ 74,56US$ 7,79
Reino UnidoUS$ 625US$ 89,80US$ 11,89

Boa parte das universidades possuem em seus sites um espaço dedicado apenas a informações sobre o custo de vida do local e sobre os gastos que costumam estar envolvidos com a realização do curso. No site da London School of Business & Finance, por exemplo, eles informam a estimativa total de gastos com moradia, aquecimento, alimentação, roupa, entretenimento e outros. E segundo eles, uma pessoa gasta em média 10.000 libras por ano para se manter em Londres.

No site de Harvard, é possível pesquisar os gastos estimados de acordo com o curso pretendido (uma vez que os cursos podem ter valores diferentes de livros, ou gastos extras com viagens, por exemplo).

Um gasto que também é essencial e deve estar no planejamento é o seguro de saúde. Nos sites das universidades também é possível pesquisar os custos anuais do seguro. A Harvard informa, por exemplo, que o custo anual com seguro de saúde nos Estados Unidos é de 2.168 dólares.

O site do British Council também tem informações sobre os custos de vida no Reino Unido e links para sites que informam gastos específicos para cada país da região.

Vistos e outras documentações

Alguns países exigem que o estudante comprove que possui uma renda suficiente para pagar o curso e para manter seus gastos no país de destino. Nos Estados Unidos, por exemplo, depois da matrícula as escolas enviam ao estudante um documento chamado I-20, que deve ser preenchido com diversas informações e deve conter a comprovação de renda do aluno, por meio de extratos bancários ou de uma carta assinada pelo banco com o histórico de renda do cliente. É por meio do I-20 que o aluno também comprova sua matrícula no curso para que a Embaixada Americana possa conceder o visto estudantil.

No site da STB é possível pesquisar os documentos necessários para obtenção dos vistos e as taxas consulares nos principais países de destino dos brasileiros. Nos Estados Unidos, eles informam que a taxa consular, mais os honorários, custam 526 reais no total e no Canadá, 440 reais. Na Inglaterra, os valores sobem para 807 reais e na Austrália,1.287 reais.

Como investir

O professor de economia da USP e fundador da QTK consultoria, Luiz Jurandir Simões, morou durante seis meses nos Estados Unidos e, apesar de não ter realizado uma pós-graduação, participou de muitos seminários e cursos mais curtos. Ele orienta que o investimento para uma viagem longa seja feito em instrumentos cambiais, como um fundo cambial, cujo rendimento varia de acordo com as oscilações do dólar e do euro. “Para a minha viagem eu apliquei tudo em um fundo cambial, é mais seguro”, diz.

Se não houver um fundo cambial baseado na moeda usada no país de destino, a renda fixa também pode ser uma opção. No curto prazo, até seis meses, a poupança pode ser a melhor opção porque é isenta de imposto de renda, e acima de um ano são mais vantajosos investimentos em Tesouro Direto, CDBs e fundos DI.


Como o objetivo é bancar a viagem e não obter altos rendimentos, não é indicado que os valores sejam aplicados em instrumentos de renda variável, à exceção do fundo cambial, para que não se corra o risco de sofrer prejuízos e comprometer a viagem.

Simões vendeu o seu carro antes de viajar e recomenda que quem está pensando em morar um tempo fora faça o mesmo. “Vale a pena vender porque o carro deprecia e se você não vende tem que pagar seguro, IPVA e outras despesas sem usar o carro”, explica.

Bolsas

Diversas instituições, tanto nacionais, quanto internacionais oferecem bolsas de estudo para realização de cursos no exterior. O Capes, órgão do Ministério da Educação, oferece milhares de bolsas por ano. As informações sobre os programas podem ser encontradas no site do Capes.

A Fundação Estudar, por exemplo, todo ano oferece entre 30 e 40 bolsas de pós-graduação e graduação. Os candidatos passam por um intenso processo de seleção, que dura alguns meses. “Na seleção nós identificamos se o participante tem potencial para se transformar em um grande líder por meio de dinâmicas de grupo, entrevistas, testes de raciocínio, experiencias passadas e objetivos de vida”, explica o gerente de produtos da fundação.

Em outras universidades, os processos de bolsa também buscam analisar profundamente o perfil do candidato, para que sejam premiados aqueles com maior potencial de crescimento na carreira. “Inúmeras universidades internacionais oferecem bolsas para estrangeiros. Em algumas inclusive pode ser mais fácil de ganhar, porque elas buscam às vezes um perfil específico: brasileiros ou mulheres, por exemplo”, explica Tiago Mitraud.

Guilherme Borducchi conseguiu uma bolsa na Universidade de Navarra em Pamplona, no curso Master em Gestão de Empresas de Comunicação. “Eu consegui a minha bolsa em uma fundação espanhola chamada Fundación Carolina. Eles têm uma série de programas destinados a alunos latino-americanos (em todas as áreas, humanas, biológicas e exatas), geralmente cofinanciados por instituições espanholas. No meu caso, era uma bolsa com suporte do Banco Santander”, conta.

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