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Os melhores e os piores investimentos de outubro

Tesouro IPCA+ e fundos de ações small caps registraram os melhores rendimentos no mês


	Tesouro IPCA+ e fundos de ações small caps registraram os melhores rendimentos no mês
 (vaeenma/Thinkstock)

Tesouro IPCA+ e fundos de ações small caps registraram os melhores rendimentos no mês (vaeenma/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2015 às 18h29.

São Paulo -- Com alta de 6,55% no mês, o Tesouro IPCA+ 2035 apresentou o melhor resultado do balanço de investimentos de outubro.

O título público, cujo rendimento é composto por uma taxa de juros prefixada mais a variação da inflação, calculada pelo IPCA, é seguido no ranking do mês pelos fundos de ações small caps, que valorizaram 5,04%.

Esses fundos agregam papéis de empresas com pequeno valor de mercado, que têm liquidez menor do que as ações de grandes empresas.

Veja, na tabela a seguir, as variações de alguns dos principais índices e investimentos do mercado em outubro e no acumulado do ano:

Aplicação Desempenho em outubro Desempenho em 2015
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) 6,55% -5,32%
Fundos de Ações Small Caps* 5,04% -7,90%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B) 4,85% 1,13%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B) 4,80% 2,56%
Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal) 4,57% 10,91%
Fundos de Ações Investimento no Exterior 4,34% 33,60%
Fundos de Ações Indexados 4,28% -5,68%
Fundo de Ações Dividendos* 3,95% -3,08%
Fundos de Ações Índice Ativo* 3,63% -4,37%
Fundos de Ações Livre* 3,08% 1,00%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2017 (NTN-F) 2,17% 8,29%
Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) 2,14% 6,97%
Fundos Renda Fixa Indexados* 1,91% 8,39%
IGP-M (estimativa do Banco Central)** 1,87% 8,34%
Ibovespa 1,79% -8,27%
Fundos Renda Fixa Investimento no Exterior 1,72% 12,69%
Fundos Multimercados Macro* 1,51% 19,39%
Tesouro Prefixado 2016 (LTN) 1,25% 10,32%
Fundos Multimercados Juros e Moedas* 1,15% 10,36%
Tesouro Selic 2017 (LFT) 1,08% 10,66%
Selic* 1,05% 10,72%
CDI* 1,05% 10,70%
Fundos Renda Fixa Simples 0,99% 11,05%
Tesouro Selic 2021 (LFT) 0,89% -
IPCA (estimativa do Banco Central)** 0,81% 8,51%
Poupança antiga* 0,69% 6,54%
Poupança nova* 0,69% 6,54%
Ouro BM&F 0,35% 39,55%
Fundos Multimercados Investimento no Exterior 0,21% 21,06%
Dólar comercial -1,01% 48,06%

(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento. Fontes: Anbima, Banco Central, BM&FBovespa e Tesouro Nacional

(**) Expectativa de inflação para o mês de outubro e para o ano de 2015, segundo o Boletim Focus do Banco Central.

Os rendimentos de todos os fundos da tabela são referentes ao dia 27 de outubro. As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 28 de outubro. Já os dados sobre as poupanças nova e antiga, CDI e ouro BM&F são relativos ao dia 29. As rentabilidades do dólar, títulos públicos, Selic Ibovespa e Ifix tiveram como base o fechamento do dia 30.

Dentre os títulos públicos mostrados na tabela, atualmente estão disponíveis para compra o Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal), Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B), Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB) e Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal).

Renda Fixa

O título público Tesouro IPCA+ 2035, comercializado pela plataforma Tesouro Direto, registrou a maior rentabilidade dentre as aplicações de renda fixa, que são aquelas mais conservadoras e que têm sua forma de remuneração definida no início do investimento.

O Tesouro IPCA+ tem taxa de juros prefixada e sofre o efeito de marcação a mercado. De forma resumida, a rentabilidade desse título aumenta quando o investidor tem na mão um título que paga uma determinada taxa e a expectativa sobre a variação dos juros básicos da economia no futuro cai. Como o título que o investidor tem em mãos paga uma taxa superior à essa expectativa, o papel se torna mais vantajoso. 

Assim, quando é feita a marcação a mercado, que atualiza o preço justo do título, o resultado é positivo e o investidor pode ter ganhos ao vendê-lo. No entanto, se esses títulos forem mantidos pelo investidor até a data de vencimento, eles pagam exatamente a rentabilidade prevista no início da aplicação.

"O rendimento do Tesouro IPCA+ aumentou porque a curva dos juros futuros caiu, impulsionada pelo anúncio de manutenção da Selic em 14,25% ao ano, feito esse mês", diz Amerson Magalhães, diretor da corretora Easynvest (conheça os riscos dos títulos públicos e saiba quais deles são mais seguros)

Renda variável

Entre os investimentos de renda variável - que são aqueles que não têm forma de remuneração pré-definida - os fundos de ações small caps tiveram a maior rentabilidade em outubro.

O motivo para a forte alta desse tipo de fundo no mês pode ser explicada pela alta volatilidade do mercado, diz Magalhães. "Em um momento de oscilação mais intensa, um bom gestor de fundos consegue obter resultados melhores".

A única aplicação que teve rentabilidade negativa no mês foi o dólar, com baixa de 1,01%. De acordo com Magalhães, a queda do dólar pode ser explicada pelo anúncio de manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos.

Quando a economia norte-americana, considerada como a mais segura do mundo, acena estabilidade de juros - atualmente a taxa no país norte-americano é de 0,25% ao ano - investidores tendem a aceitar um nível maior de risco em países com taxas de juros mais elevadas, como o Brasil. Ao aplicarem mais dólares no Brasil, fazem com que a moeda norte-americana se desvalorize ante o real.

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