Minhas Finanças

Os melhores e os piores investimentos de outubro

Renda fixa volta a superar renda variável e investimentos em Bolsa e na poupança tiveram os piores resultados do mês


	Com mais uma queda da taxa Selic, poupança tem um dos piores resultados do mês
 (SXC/SXC)

Com mais uma queda da taxa Selic, poupança tem um dos piores resultados do mês (SXC/SXC)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 07h54.

São Paulo – Revertendo os resultados dos últimos dois meses, os investimentos em renda fixa voltaram a superar as aplicações em renda variável, ficando atrás ou se equiparando apenas aos fundos multimercados. Com mais um recuo da taxa Selic, a poupança nova e outros investimentos atrelados à taxa básica de juros tiveram os piores resultados dentro da renda fixa, e os fundos de renda fixa, títulos prefixados e os títulos atrelados à inflação tiveram a melhor performance. Investimentos ligados à Bolsa foram prejudicados principalmente pela queda das ações da Petrobras no final do mês e pela revisão para baixo de resultados sobre o crescimento da economia global apresentados a partir do meio do mês. 

Veja o desempenho de cada aplicação na tabela abaixo:

Aplicação No mês No ano Fechamento em
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)* 1,81% 16,76% 31/10/2012
Fundos Multimercado Macro 1,09% 14,38% 26/10/2012
Fundos Multimercados Juros e Moedas 1,08% 9,79% 26/10/2012
Fundos Multimercado Multiestratégia 0,81% 12,30% 26/10/2012
Renda Fixa 0,79% 9,59% 26/10/2012
NTN-B (vencimento em 15/05/2013)* 0,68% 9,95% 31/10/2012
NTN-F (vencimento em 01/01/2013)* 0,64% 8,81% 31/10/2012
LTN (vencimento em 01/01/2013)* 0,64 8,87% 31/10/2012
LFT (vencimento em 07/03/2013) 0,61% 7,31% 31/10/2012
Selic 0,56% 7,25% 30/10/2012
CDI 0,55% 7,18% 30/10/2012
Fundos referenciados DI 0,53% 7,34% 26/10/2012
Poupança antiga ** 0,50% 4,89% 28/10/2012
Poupança nova*** 0,43% 2,45% 28/10/2012
Fundos de ações small caps 0,42% 14,76% 26/10/2012
LFT (vencimento em 07/03/2017)* 0,32% 7,17% 30/10/2012
Dólar comercial 0,11% 8,34% 30/10/2012
Fundos de ações livres 0,03% 11,16% 26/10/2012
Fundos de Ações Ibovespa Ativo -0,21% 4,65% 26/10/2012
Fundos de ações dividendos -1,03% 7,94% 26/10/2012
Ouro BM&F -2,76 18,63 30/10/2012
Ibovespa -3,56% 0,55% 31/10/2012

(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento.

(**) Rentabilidade do dinheiro que já estava aplicado na poupança antes do início das novas regras em 04/05/2012 e que ainda rende segundo a regra antiga.
(***) Rentabilidade mensal válida para a nova regra da poupança e medida entre os dias 27/08/2012 e 28/10/2012. Rentabilidade anual calculada entre os dias 04/05/2012 e 28/10/2012.


Renda fixa

Com mais um corte na taxa Selic, que passou a 7,25%, a nova poupança - que rende 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, quando a taxa básica é menor ou igual a 8,5% - mais uma vez teve um dos piores rendimentos do mês. 

Fundos DI e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT - títulos públicos negociados via Tesouro Direto), cujos rendimentos oscilam em função da Selic, também se prejudicaram com a redução da taxa. A LFT com vencimento mais próximo (07/03/2013) teve rendimento de 0,61% no mês, ficando atrás de outros títulos públicos. A única LFT disponível para compra, com vencimento em 07/03/2017 apresentou rendimento de 0,32%, um dos piores resultados do mês. 

Por outro lado, as NTN-B, por serem um título indexado à inflação - que pagam uma taxa de juros prefixada (cupom) mais a variação da inflação medida pelo IPCA -, se valorizam quando outros títulos sofrem com a queda dos juros. A NTN-B Principal com o prazo mais curto (vencimento em 15/05/2015) teve alta de 1,81% no mês, superando todas as aplicações da tabela. E a NTN-B com menor vencimento (15/05/2013) teve rendimento de 0,68%, ficando atrás apenas dos fundos multimercados e dos fundos de renda fixa. 

As LTN e NTN-F também tiveram bons resultados. Como a rentabilidade destes títulos é conhecida no momento da aplicação, com a queda de juros eles também superaram as aplicações atreladas à Selic, como as LFT, mas por sua taxa ser prefixada, eles se aproveitam menos de fatores de oscilações do mercado do que as NTN-B. Isto porque as NTN-B se beneficiam não só com a queda de juros, mas com as expectativas de apreciação da inflação. Como esta foi a 16ª semana consecutiva em que o BC registrou alta das previsões para o IPCA de 2012 - que no último relatório Focus passou de 5,44% para 5,45% -, as NTN-B se beneficiaram ainda mais.

Os juros prefixados pagos pelas NTN-B disponíveis para venda variam entre 2,31% (com vencimento para 2015) a 4,04% com vencimento em 2050. No site do Tesouro Nacional é possível consultar a tabela com as rentabilidades e os detalhes sobre os títulos públicos à venda

Fabio Colombo, administrador de investimentos, avalia que depois de altos ganhos nos últimos meses, os títulos prefixados e atrelados à inflação estão chegando ao seu limite. “Esses papéis estão chegando a um ponto perigoso, vai chegar o momento em que eles não vão mais trazer ganhos extras e podem até causar o efeito inverso. Entrar nesses papéis agora pode ser um alto risco”, afirma. 


Bolsa e fundos de renda variável

A Bolsa brasileira fechou o mês de outubro com queda de 3,56% e no ano acumula alta de 0,55%. Foi a primeira perda mensal depois de três meses consecutivos. 

Segundo Colombo, a queda das ações da Petrobras, que tiveram desvalorização de quase 7,5% no mês, aliada às revisões de crescimento mundial para baixo, a partir do meio de outubro, influenciaram o resultado negativo da bolsa. “O mercado ficou pessimista e as bolsas muito calcadas em commodities, como a brasileira, sofreram mais”, avalia. 

Os fundos de investimentos em ações também foram prejudicados com a queda da Bolsa e tiveram alguns dos piores resultados da tabela. 

Já os fundos multimercados, que buscam a melhor estratégia de investimento mesclando ativos de renda variável e renda fixa, se sobressaíram no mês, ficando com os melhores resultados entre os investimentos de renda variável e mesmo entre a maior parte das aplicações em renda fixa. 

O ouro ficou com um dos piores resultados no mês. O investimento no metal, por funcionar como uma reserva de valor, costuma se beneficiar em momentos de crise e, segundo Colombo, como neste mês as bolsas europeias tiveram resultados um pouco mais satisfatórios, o metal pode ter sido impactado negativamente neste movimento. 

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasImigraçãorenda-fixarenda-pessoal

Mais de Minhas Finanças

IPVA 2025: RJ libera tabela de valores-base para veículos; veja calendário de pagamento

Bolinhas mais leves e identidade dos ganhadores: Caixa desmente os mitos da Mega da Virada

Calendário do INSS 2025: confira as datas de pagamento no próximo ano