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Onde investem os clientes de home broker

Mesmo investidores mais arrojados optam por poupança e fundos de renda fixa na hora de investir

Depois dos analistas, parentes e amigos são os consultores preferidos de quem ouve terceiros (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2011 às 07h00.

São Paulo – Depois das ações, a caderneta de poupança é, por incrível que pareça, o investimento mais popular entre os usuários de home broker . Levantamento realizado pela consultoria TNS Global mostra, aliás, que a tradição brasileira pesa até para esse público, em tese o mais arrojado na hora de aplicar: 47% dos clientes de home broker mantêm uma caderneta de poupança e 35% deles investem em imóveis.

Os fundos de investimentos vêm apenas depois dessas duas aplicações: 28% investem em fundos de renda fixa, 25% em fundos de renda variável, 22% em fundos de previdência e 21% em fundos DI. Ironicamente, investimentos diretos em renda fixa, bem mais baratos que os fundos, estão entre as aplicações menos populares. A seguir, os investimentos mais populares depois de ações (ações via home broker = 100%):

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AplicaçãoPercentual de aplicadores
Poupança47%
Imóveis35%
Fundos de renda fixa28%
Fundos de renda variável25%
Previdência22%
Fundos DI21%
CDB18%
Terrenos18%
Tesouro Direto16%
Derivativos16%
Negócio próprio15%
Fundos multimercado11%
Ações (mesa)9%

O perfil é no mínimo curioso. Primeiro porque investidores de home broker investem diretamente em ações, mas preferem intermediários na hora de aplicar em renda fixa – os fundos de renda fixa possuem mais adeptos que aplicações bem mais baratas, como o Tesouro Direto e os CDBs. Ambas são, aliás, oferecidos diretamente no home broker de muitas corretoras, o que só facilitaria a vida desses investidores.

Em segundo lugar, a escolha pela caderneta de poupança é no mínimo inusitada se considerarmos que, segundo a mesma pesquisa, 40% dos entrevistados se consideram moderados e 28% se consideram arrojados na hora de investir. Em seguida, vêm os agressivos, com 22%, e os conservadores são apenas 7% da amostra.


“As pessoas tendem a associar a poupança com segurança”, diz André Massaro, da consultoria MoneyFit. Acontece que a poupança é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até um limite de 70.000 reais por CPF em cada instituição, assim como os CDBs. Garantidos pelo governo são os títulos públicos, atualmente as aplicações menos arriscadas do mercado.

“Me parece que boa parte dessas pessoas pularam etapas, e saíram da caderneta de poupança diretamente para as ações, como forma de aumentar a rentabilidade. Se esses investidores tivessem simplesmente aumentado a rentabilidade em renda fixa, talvez nem fossem para a bolsa”, avalia o consultor financeiro Mauro Calil.

Confiança demais no vizinho

Metade dos cerca de 450 entrevistados, em seis corretoras, afirmou investir por conta própria, enquanto a outra metade disse ter a ajuda de outras pessoas. Destes, 62% têm como consultores os analistas da corretora, mas nada menos que 33% levam em conta os conselhos de parentes e amigos. Analistas e gerentes de bancos são os menos consultados, com 10% e 3% respectivamente.

“O mais indicado é que a pessoa estude e se informe para tomar suas decisões por conta própria. Quando o assunto é finanças, as consequências impactam apenas o investidor, e ninguém prevê o futuro. A vida financeira não deve ser terceirizada, independentemente do nível de capacitação da pessoa consultada”, opina André Massaro, que acredita que analistas podem ser ouvidos, mas apenas como informação a mais a ser levada em conta. “Todo mundo acha que entende tudo de Bolsa, então todo mundo sempre vai ter uma opinião”, completa.

Para Mauro Calil, consultar pessoas de confiança, mas que não têm expertise, é comparável à automedicação. “Pelos produtos financeiros mais comercializados e pelo volume financeiro aplicado neles, dá para ver que o investidor brasileiro em geral não tem muito conhecimento”, diz.

Essas são as fontes de informação usadas pelos investidores de home broker, independentemente de consultarem outras pessoas ou não:

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Fonte de informaçõesPercentual dos investidores
Sites especializados74%
Relatórios das corretoras58%
Fóruns de finanças/investidores56%
Jornais51%
Telejornais39%
Revistas37%
Relatórios de resultados das empresas36%
Relatórios de outras corretoras31%
Serviços especializados (Bloomberg, Reuters)26%
Amigos23%
Área de Relações com Investidores da empresa21%
Relatórios de bancos de investimento19%
Parentes6%
Consultor de investimentos do banco5%
Gerente do banco2%
Não costumo me informar sobre empresas1%
Outros8%

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São Paulo – Depois das ações, a caderneta de poupança é, por incrível que pareça, o investimento mais popular entre os usuários de home broker . Levantamento realizado pela consultoria TNS Global mostra, aliás, que a tradição brasileira pesa até para esse público, em tese o mais arrojado na hora de aplicar: 47% dos clientes de home broker mantêm uma caderneta de poupança e 35% deles investem em imóveis.

Os fundos de investimentos vêm apenas depois dessas duas aplicações: 28% investem em fundos de renda fixa, 25% em fundos de renda variável, 22% em fundos de previdência e 21% em fundos DI. Ironicamente, investimentos diretos em renda fixa, bem mais baratos que os fundos, estão entre as aplicações menos populares. A seguir, os investimentos mais populares depois de ações (ações via home broker = 100%):

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AplicaçãoPercentual de aplicadores
Poupança47%
Imóveis35%
Fundos de renda fixa28%
Fundos de renda variável25%
Previdência22%
Fundos DI21%
CDB18%
Terrenos18%
Tesouro Direto16%
Derivativos16%
Negócio próprio15%
Fundos multimercado11%
Ações (mesa)9%

O perfil é no mínimo curioso. Primeiro porque investidores de home broker investem diretamente em ações, mas preferem intermediários na hora de aplicar em renda fixa – os fundos de renda fixa possuem mais adeptos que aplicações bem mais baratas, como o Tesouro Direto e os CDBs. Ambas são, aliás, oferecidos diretamente no home broker de muitas corretoras, o que só facilitaria a vida desses investidores.

Em segundo lugar, a escolha pela caderneta de poupança é no mínimo inusitada se considerarmos que, segundo a mesma pesquisa, 40% dos entrevistados se consideram moderados e 28% se consideram arrojados na hora de investir. Em seguida, vêm os agressivos, com 22%, e os conservadores são apenas 7% da amostra.


“As pessoas tendem a associar a poupança com segurança”, diz André Massaro, da consultoria MoneyFit. Acontece que a poupança é garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até um limite de 70.000 reais por CPF em cada instituição, assim como os CDBs. Garantidos pelo governo são os títulos públicos, atualmente as aplicações menos arriscadas do mercado.

“Me parece que boa parte dessas pessoas pularam etapas, e saíram da caderneta de poupança diretamente para as ações, como forma de aumentar a rentabilidade. Se esses investidores tivessem simplesmente aumentado a rentabilidade em renda fixa, talvez nem fossem para a bolsa”, avalia o consultor financeiro Mauro Calil.

Confiança demais no vizinho

Metade dos cerca de 450 entrevistados, em seis corretoras, afirmou investir por conta própria, enquanto a outra metade disse ter a ajuda de outras pessoas. Destes, 62% têm como consultores os analistas da corretora, mas nada menos que 33% levam em conta os conselhos de parentes e amigos. Analistas e gerentes de bancos são os menos consultados, com 10% e 3% respectivamente.

“O mais indicado é que a pessoa estude e se informe para tomar suas decisões por conta própria. Quando o assunto é finanças, as consequências impactam apenas o investidor, e ninguém prevê o futuro. A vida financeira não deve ser terceirizada, independentemente do nível de capacitação da pessoa consultada”, opina André Massaro, que acredita que analistas podem ser ouvidos, mas apenas como informação a mais a ser levada em conta. “Todo mundo acha que entende tudo de Bolsa, então todo mundo sempre vai ter uma opinião”, completa.

Para Mauro Calil, consultar pessoas de confiança, mas que não têm expertise, é comparável à automedicação. “Pelos produtos financeiros mais comercializados e pelo volume financeiro aplicado neles, dá para ver que o investidor brasileiro em geral não tem muito conhecimento”, diz.

Essas são as fontes de informação usadas pelos investidores de home broker, independentemente de consultarem outras pessoas ou não:

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Fonte de informaçõesPercentual dos investidores
Sites especializados74%
Relatórios das corretoras58%
Fóruns de finanças/investidores56%
Jornais51%
Telejornais39%
Revistas37%
Relatórios de resultados das empresas36%
Relatórios de outras corretoras31%
Serviços especializados (Bloomberg, Reuters)26%
Amigos23%
Área de Relações com Investidores da empresa21%
Relatórios de bancos de investimento19%
Parentes6%
Consultor de investimentos do banco5%
Gerente do banco2%
Não costumo me informar sobre empresas1%
Outros8%
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