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Fundos imobiliários de hospitais disparam na bolsa

Suposta venda dos hospitais da Criança e Nossa Senhora de Lourdes traz otimismo aos investidores e pode resolver imbróglio do atraso e da renegociação de aluguéis

Hospital da Criança: venda para rede D'Or gera otimismo sobre regularização dos aluguéis (Antonio Milena/Veja SP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 18h46.

São Paulo – As quotas dos fundos imobiliários dos hospitais da Criança (HCRI) e Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11) negociadas na BM&FBovespa disparam nesta quarta-feira com a notícia de que a rede D’Or pode comprar as duas instituições. Segundo reportagem publicada pelo jornal Valor, os hospitais, que pertencem ao mesmo controlador, serão negociados por cerca de 300 milhões de reais. Em nota oficial, o grupo Nossa Senhora de Lourdes negou que a venda tenha sido fechada. Às 16h07, as quotas do fundo Nossa Senhora de Lourdes subiam 12,23% enquanto o Hospital da Criança avançava 14,13%.

Os investidores receberam com otimismo a possível mudança de controle, que poderia acabar com um imbróglio que envolve atrasos e renegociação dos contratos de aluguel das duas instituições. Há alguns anos, o grupo Nossa Senhora de Lourdes vendeu aos quotistas dos fundos imobiliários os imóveis que ocupavam e fecharam contratos de aluguel de longo prazo, tornando-se o inquilino das propriedades.

O dinheiro foi utilizado pelo grupo Nossa Senhora de Lourdes para a expansão dos hospitais. Os negócios, entretanto, não geraram o rendimento esperado. Há alguns meses, os hospitais começaram a atrasar os aluguéis e também tentaram renegociar os valores estabelecidos em contrato. A disputa foi parar na Justiça. No mês passado, a Brazilian Mortgages, administradora do fundo, entrou com uma ação de despejo do Hospital da Criança.

Remover um hospital de um imóvel, entretanto, é um processo bastante desgastante. É por isso que especialistas acreditam que imóveis de fundo social não são os mais indicados para a constituição de fundos imobiliários. “Nunca mais um fundo imobiliário de hospitais atrairá investidores devido a esses dois eventos”, diz Sérgio Belleza, um dos consultores mais antigos do setor.

Pocurada, a Brazilian Mortgages informou que, até o momento, não há novidades sobre a regularização dos contratos de aluguel do fundo. Um detalhe do negócio que ajuda a trazer otimismo ao mercado é que tanto o possível novo inquilino, a rede D’Or, quanto o administrador do fundo que possui o imóvel, a Brazilian Mortgages, têm o banco de investimentos BTG Pactual como sócio.

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São Paulo – As quotas dos fundos imobiliários dos hospitais da Criança (HCRI) e Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11) negociadas na BM&FBovespa disparam nesta quarta-feira com a notícia de que a rede D’Or pode comprar as duas instituições. Segundo reportagem publicada pelo jornal Valor, os hospitais, que pertencem ao mesmo controlador, serão negociados por cerca de 300 milhões de reais. Em nota oficial, o grupo Nossa Senhora de Lourdes negou que a venda tenha sido fechada. Às 16h07, as quotas do fundo Nossa Senhora de Lourdes subiam 12,23% enquanto o Hospital da Criança avançava 14,13%.

Os investidores receberam com otimismo a possível mudança de controle, que poderia acabar com um imbróglio que envolve atrasos e renegociação dos contratos de aluguel das duas instituições. Há alguns anos, o grupo Nossa Senhora de Lourdes vendeu aos quotistas dos fundos imobiliários os imóveis que ocupavam e fecharam contratos de aluguel de longo prazo, tornando-se o inquilino das propriedades.

O dinheiro foi utilizado pelo grupo Nossa Senhora de Lourdes para a expansão dos hospitais. Os negócios, entretanto, não geraram o rendimento esperado. Há alguns meses, os hospitais começaram a atrasar os aluguéis e também tentaram renegociar os valores estabelecidos em contrato. A disputa foi parar na Justiça. No mês passado, a Brazilian Mortgages, administradora do fundo, entrou com uma ação de despejo do Hospital da Criança.

Remover um hospital de um imóvel, entretanto, é um processo bastante desgastante. É por isso que especialistas acreditam que imóveis de fundo social não são os mais indicados para a constituição de fundos imobiliários. “Nunca mais um fundo imobiliário de hospitais atrairá investidores devido a esses dois eventos”, diz Sérgio Belleza, um dos consultores mais antigos do setor.

Pocurada, a Brazilian Mortgages informou que, até o momento, não há novidades sobre a regularização dos contratos de aluguel do fundo. Um detalhe do negócio que ajuda a trazer otimismo ao mercado é que tanto o possível novo inquilino, a rede D’Or, quanto o administrador do fundo que possui o imóvel, a Brazilian Mortgages, têm o banco de investimentos BTG Pactual como sócio.

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