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Estabilidade econômica precisa se consolidar, diz Meirelles

Brasil precisa manter os bons resultados macroeconômicos por alguns anos até dobrar a incredulidade de investidores e analistas de risco, segundo o presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A economia brasileira está exibindo resultados positivos em todas as frentes, mas ainda padece da falta de um histórico positivo para convencer o mercado. A avaliação é de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central (BC), na abertura de seminário nesta segunda-feira (29/11) sobre reavaliação do risco Brasil. Meirelles exibiu números recentes que demonstram inversão de tendência em superávit primário, relação dívida/Produto Interno Bruto (PIB) e balança comercial, entre outros indicadores macroeconômicos. "É um curto histórico, mas com números muito importantes", disse Meirelles. "Nossa estabilidade econômica precisa de tempo para se consolidar."

Segundo o presidente do BC, a exigência de retorno dos investimentos sempre foi maior no Brasil, e a explicação dos investidores sempre foi que o horizonte de planejamento era muito curto, "por causa da imprevisibilidade da economia". Para ele, a percepção de risco está melhorando, mas o mais importante é que o risco em si está caindo, graças à melhora nos fundamentos da economia. "No final, o fundamento prevalece."

Ajustes

Sobre a contínua queda da cotação do dólar, Meirelles afirmou que em geral é difícil controlar e prever a tendência da taxa de câmbio. No caso da moeda americana, há, segundo ele, uma série de questões relacionadas, que vão do déficit corrente até ao ajuste de competitividade da economia européia, passando pela recomposição da poupança pública e privada nos Estados Unidos. "O importante é que os mercados sejam flexíveis e eficientes para que o ajuste seja o menos traumático possível."

Para Paulo Leme, diretor da Goldman Sachs para a América Latina, no médio e longo prazo o ajuste da economia americana vai pesar no desempenho brasileiro. "Não sabemos [se o ajuste nos Estados Unidos] será ordenado ou desordenado, se vai ser longo ou curto, se por via cambial, por juros ou por vários meios simultâneos", disse Leme. Para ele, ainda que o crescimento do PIB brasileiro em 2004 possa chegar a 4,8%, a média dos emergentes é de 5,3%, enquanto os asiáticos crescem a um ritmo de 8% ao ano. "O crescimento do Brasil é bom, mas não é ótimo."

Leme também indicou a necessidade de elevar o superávit primário para 5% a 5,5% do PIB, promover outra reforma da previdência e consolidar as contas fiscais pelo lado da despesa, abrindo caminho para a redução da carga tributária.

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