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Como faço para investir no Tesouro Direto?

Internauta quer dicas e sugestões para iniciar aplicações em títulos públicos

Investidor pode comprar títulos do Tesouro Nacional via internet, por meio de uma corretora (Stock.xchng)

Investidor pode comprar títulos do Tesouro Nacional via internet, por meio de uma corretora (Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2012 às 14h52.

Dúvida do internauta: Estou interessado em investir no Tesouro Direto, mas não conheço muito bem o investimento. Andei visitando o site do Tesouro Nacional, mas ainda tenho dúvidas de como posso investir. Vocês podem me ajudar com dicas e sugestões?

Resposta de Fabiano Pessanha*:

Os títulos públicos, considerados ativos de baixo risco pelo mercado financeiro, possuem por objetivo captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como para financiar atividades do Governo Federal, como educação, saúde e infraestrutura.

Antes de sua criação, o investidor brasileiro só podia comprar títulos públicos indiretamente, pela aquisição de cotas de fundos de investimento e com o intermédio das instituições financeiras, ao adquirirem os títulos públicos para a composição das carteiras dos fundos de renda fixa.

Porém, com a criação pelo governo federal do Tesouro Direto em 2002, programa de venda de títulos a pessoas físicas, o investidor reduziu o seu custo de intermediação, comprando diretamente seus títulos pela internet. Outro fator positivo é a liquidez quase imediata, garantida pelo Tesouro Nacional.

Uma dica importante é entender quais são as taxas de administração e de custódia cobradas por sua instituição financeira. Para obter melhores resultados em seus investimentos busque sempre instituições com taxas de administração abaixo de 0,3% ao ano.

Outra vantagem para o investidor é que o pagamento do Imposto de Renda só é cobrado no momento da venda ou do vencimento do título (quanto aos títulos que pagam cupom de juros, também é descontado Imposto de Renda no pagamento do cupom).

Para o investidor entender qual é o melhor título para a sua carteira de investimentos, é preciso conhecer suas características. São elas:

1) Títulos prefixados - Com rentabilidade definida no momento da compra (LTN - Letras do Tesouro Nacional e NTN-F - Notas do Tesouro Nacional - Série F). 

O investidor sabe exatamente quanto receberá no futuro, se permanecer com o título até o vencimento. A diferença entre as NTN-F e as LTN é que as NTN-F são indicadas para o investidor que deseja obter um fluxo de rendimentos periódicos (pagamentos - também chamados de cupons - semestrais) a uma taxa de juros pré-definida.

Já as LTN, possuem fluxo simples de pagamento, ou seja, o investidor recebe o valor investido acrescido dos juros apenas na data do vencimento ou de venda do título.

2) Títulos pós-fixados - Com rentabilidade vinculada à variação de um indexador.

  •  Vinculado à Taxa Selic (LFT - Letras Financeiras do Tesouro): Oferecem rentabilidade vinculada à Taxa Selic e com fluxo simples de pagamento - o investidor recebe o valor investido acrescido dos juros na data do vencimento ou de venda do título.
  • Vinculados à inflação (NTN-B - Notas do Tesouro Nacional - Série B e NTN-B Principal): Oferecem a variação da inflação pelo IPCA  (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acrescida da taxa de juros definida no momento da compra, proporcionando rentabilidade real (acima da inflação) já conhecida.

Recentemente, o Tesouro Nacional realizou algumas alterações em busca de popularizar este investimento, criando a compra programada, na qual é possível realizar o reinvestimento automaticamente pelo home broker e reduzindo a aplicação mínima de 100 reais para 30 reais

Após conhecer todos estes dados, basta você se cadastrar em uma corretora e agendar uma consultoria financeira personalizada com seu consultor de investimentos. E lembre-se: disciplina e programação são a chave do seu sucesso financeiro.

*Fabiano Pessanha, CFP é gerente comercial da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

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