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Buscas pelo termo "investimento" saltam 160% no Google durante pandemia

As ações mais procuradas no buscador em março foram Smiles, Gol, Azul, além de fundos imobiliários. Já em abril, a principal busca foi pela conta da Caixa

Google: as corretoras mais pesquisadas no buscador foram Clear, XP e Rico (Omar Marques/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
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Natália Flach

Publicado em 5 de junho de 2020 às 16h51.

Última atualização em 5 de junho de 2020 às 20h18.

Assim como o número de novos investidores na bolsa, as pesquisas sobre investimentos também aumentaram nos últimos meses. Levantamento realizado pelo Google mostra que entre janeiro e fevereiro houve um salto de 46% nas buscas pelo termo "investimento" em relação ao ano anterior, enquanto de março a abril o avanço foi de 160%. O pico aconteceu quando a bolsa acionou o seu freio de mão contra quedas bruscas, chamado de circuit breaker . Se em fevereiro eram realizadas 600.000 pesquisas diárias pelo termo, no mês seguinte, esse número dobrou. No entanto, em abril, voltou para o patamar de 800.000 buscas.

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Mas não foi apenas esse vocábulo genérico que os brasileiros pesquisaram no Google. Em março, os assuntos mais procurados foram SMLS3 (Smiles Fidelidade), GOLL4 (Gol), AZUL4 (Azul), HGBS11 (Hedge Brasil Shopping FII), XPML11 (XP Malls FII), SBSP3 (Sabesp), Previdência e RADL3 (Raia Drogasil). Como a maior parte é de ações e fundos imobiliários diretamente ligados a viagens e consumo, é possível inferir que havia preocupação com o impacto nos ativos por causa da crise do novo coronavírus.

Já em abril as buscas foram mais dispersas e se destacaram: conta poupança da Caixa - por causa do pagamento do auxílio emergencial de 600 reais -, Mercado Bitcoin, debêntures, Primo Rico, CIEL3 (Cielo), BTOW3 (B2W), litecoin e BRML3 (BR Malls). Por sua vez, as corretoras mais procuradas foram, na ordem, Clear, XP, Rico, Modalmais, Easynvest, Itaú, Genial, Banco do Brasil, BTG, Bradesco, Ágora, Caixa e Santander.

"A pesquisa mostrou que o brasileiro está atrás de soluções para a insegurança financeira. É possível que, passada essa crise, o brasileiro fique mais consciente da importância da educação financeira. Tem coisas que a gente só aprende na marra e, nesse sentido, a crise pode ajudar", explica o professor Liao Yu Chieh, professor e responsável pela área de educação do C6 Bank.

 

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