Auxílio reconstrução: a confirmação será enviada para a Caixa, que leva em torno de dois dias após a confirmação para efetuar o pagamento (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Editora de Finanças
Publicado em 25 de maio de 2024 às 18h06.
A partir de segunda-feira, dia 27 de maio, os moradores do Rio Grande do Sul poderão confirmar seus dados para receber o auxílio reconstrução no valor de R$ 5.100. O pagamento será via Pix em uma única parcela. A estimativa é que cerca de 240 mil famílias sejam beneficiadas. O benefício é destinado às famílias que perderam seus bens, móveis e eletrodomésticos na tragédia que assola o estado desde o final de abril e já atingiu quase todos os municípios gaúchos.
O governo lançou um site oficial do Auxílio Reconstrução. É por meio desse site, que as pessoas poderão confirmar se receberão o benefício. As prefeituras começaram a fazer os cadastros das famílias no dia 20 de maio. A partir do dia 27 de maio, as pessoas identificadas pela prefeitura como “responsável familiar” poderão entrar no sistema do auxílio, com a senha do gov.br, e verificar se a família consta no cadastro enviado pela prefeitura.
Segundo o governo, a pessoa designada como responsável familiar, que deve ser preferencialmente do sexo feminino e ter idade mínima de dezesseis anos. Os dados informados pela prefeitura serão cruzados com outras bases do Governo Federal para validação do endereço. Caso o sistema identifique alguma inconsistência, a prefeitura será informada para que providencie as correções necessárias junto às famílias. Os dados devem ser atualizados junto à prefeitura.
A data do pagamento depende do envio das informações pelos municípios, o processamento dos dados e a confirmação dos dados pela família. Quanto antes a prefeitura enviar os dados e a família confirmar no sistema, mais rápido o dinheiro entra na conta. A confirmação será enviada para a Caixa, que leva em torno de dois dias após a confirmação para efetuar o pagamento.
Vale destacar que não será necessário abrir uma conta na Caixa. O banco identificará se o responsável da família já possui conta, poupança ou corrente para realizar o crédito automaticamente. Caso não possua, a Caixa se encarregará de abrir uma Poupança Social Digital no nome do beneficiário, que poderá ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem, sem custo.
O valor do auxílio é de R$ 5,1 mil e será pago em uma única parcela, limitado a um por família, dando preferência às mulheres como responsáveis para recebimento do montante.
O valor será operacionalizado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e pago pela Caixa Econômica Federal, por meio de PIX para a conta poupança social digital. Essa conta é de abertura automática em nome do beneficiário, mas também poderá ser utilizada outra conta em nome do beneficiário na mesma instituição financeira.
Todas as pessoas desabrigadas ou desalojadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul poderão receber o apoio financeiro da União. Sendo assim, se enquadram pessoas que foram obrigadas a abandonar suas residências de forma temporária, devido às evacuações preventivas, ou definitivas, em casos de destruição ou de avaria grave decorrentes de acidente ou desastre.
Além disso, o governo informa que o auxílio também contempla aqueles que perderam eletrodomésticos, bens e móveis devido às fortes chuvas. “As pessoas que perderam geladeira, televisão, fogão, colchão, móveis, terão de forma rápida e facilitada a transferência para as suas contas do valor de R$ 5,1 mil”, informou Costa.
A Caixa Econômica irá cruzar dados com o documento oficial de checagem emitido pelas Defesas Civis das prefeituras, a fim de comprovar a veracidade dos impactos causados pela catástrofe.
A orientação é que os moradores procurem as respectivas Defesas Civis para regularizarem a documentação necessária. Será de responsabilidade das prefeituras especificar quais famílias estão efetivamente nos critérios para receber o auxílio.
O acesso ao recurso também dependerá da autodeclaração do responsável familiar, que atestará, sob penas da lei, o cumprimento dos requisitos. A autodeclaração deverá, obrigatoriamente, comprovar, por qualquer meio, o endereço residencial.
De acordo com o ministro Costa, quem não puder comprovar o endereço, o local será checado usando os cadastros do governo federal. Além disso, a Defesa Civil nacional, em parceria com as Defesa Civis municipais, estadual e a Secretaria de Assistência Social, também irão ter dados sobre as áreas atingidas com casas afetadas.
O recebimento de benefícios assistenciais ou previdenciários, como o Bolsa Família, não impedem o recebimento do Auxílio Reconstrução e não causam seu cancelamento.
Não. Para receber o auxílio, basta a prefeitura informar os dados das famílias desalojadas ou desabrigadas das áreas atingidas, com endereço completo comprovado.
Não. Cada família pode receber apenas um auxílio reconstrução. O recebimento de mais de um auxílio reconstrução por família constitui fraude, sujeito a sanções penais e cíveis cabíveis, além de ressarcir à União o valor do Apoio Financeiro recebido.
Não. O Auxílio Reconstrução é uma ajuda do Governo Federal para que as famílias possam retomar suas vidas, para quem perdeu geladeira, fogão, televisão, sofá, colchão possa comprar esses bens, para quem teve a casa parcialmente destruída possa fazer uma pequena reforma. Cada família sabe a melhor forma de utilizar o recurso.