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Aumento de preço dos planos de saúde coletivos é 38,5% maior do que teto

Pesquisa analisou preços cobrados por cinco operadoras com maior volume de reclamações entre 2015 e 2020

No ano passado o reajuste médio para os planos coletivos analisados foi de 11,28% - mais de três pontos percentuais acima do máximo (PhotoAlto/Frederic Cirou/Getty Images)

Marília Almeida

Publicado em 10 de junho de 2021 às 17h42.

Os planos de saúde coletivos, que englobam os planos de saúde empresariais e por adesão, tiveram reajustes muito acima da média do teto estabelecido pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para os planos individuais em 2020. É o que revela uma pesquisa do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa de Consumidor) a partir da análise das cinco empresas com maior volume de reclamações por parte dos consumidores junto ao Instituto - SulAmérica, Bradesco Saúde, Amil, Unimed Central Nacional e Unimed Rio. O estudo avaliou os reajustes anuais aplicados entre 2015 e 2020.

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No ano passado, o reajuste médio para os planos coletivos analisados foi de 11,28% - mais de três pontos percentuais acima do máximo estabelecido pela ANS para os planos individuais. No caso da Unimed Rio - a operadora com maior índice de reajuste no ano de 2020 entre as empresas pesquisadas -, o reajuste ficou em 14,55%, mais de seis pontos percentuais acima do teto da ANS para os planos individuais.

Veja abaixo a comparação entre o reajuste médio dos planos coletivos e o teto de reajuste para planos individuais em 2020:

Levantamento sobre reajustes de planos de saúde coletivo feito pelo Idec (Idec)

A maior distância bruta entre os reajustes aplicados pelas operadoras analisadas e o teto da ANS ocorreu em 2018: o aumento médio foi de 17,04% e o índice máximo para os planos individuais naquele ano foi de 10%.

Veja abaixo a variação média dos reajustes aplicados pelas empresas analisadas em comparação com o teto de reajuste para planos individuais em cada ano:

Levantamento sobre reajustes de planos de saúde coletivo feito pelo Idec (Idec)

Os planos coletivos empresariais e por adesão não são regulados pela ANS e, nos últimos anos, foram priorizados pelas operadoras. Atraídos pelos valores de entrada mais baixos e com cada vez menos opções de planos individuais à disposição, um número crescente de consumidores têm aderido a essa modalidade. Hoje, os planos coletivos representam quase 80% do mercado de planos de saúde.

“É inaceitável que os usuários de planos coletivos sigam absorvendo reajustes muito acima do teto estabelecido pela ANS para os planos individuais”, afirma Ana Carolina Navarrete, coordenadora do programa de Saúde do Idec.

Os resultados da pesquisa foram compartilhados com as empresas, mas apenas a Unimed Central Nacional respondeu. A operadora não questionou os percentuais pesquisados, mas sustentou que os reajustes aplicados aos seus consumidores estavam de acordo com o permitido pela ANS, tanto no que tange aos planos individuais quanto aos planos coletivos.

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