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A contragosto, XP entra no mercado de criptomoedas

Grupo vai lançar uma bolsa para negociação de Bitcoin e de Ethereum nos próximos meses

Guilherme Benchimol: "Confesso que este é um tema que eu preferiria que não existisse, mas existe" (Germano Lüders/Exame)

Marília Almeida

Publicado em 21 de setembro de 2018 às 09h46.

Última atualização em 21 de setembro de 2018 às 09h46.

A maior corretora independente do Brasil está se juntando oficialmente à febre das criptomoedas - mesmo que preferisse não fazer isso.

O Grupo XP está lançando uma bolsa para negociação de Bitcoin e de Ethereum nos próximos meses, disse o CEO do grupo, Guilherme Benchimol, em um evento em São Paulo. Cerca de 3 milhões de brasileiros têm exposição ao Bitcoin, comparativamente a apenas cerca de 600 mil que investem em ações, segundo ele, o que levou a empresa a entrar no negócio.

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"Confesso que este é um tema que eu preferiria que não existisse, mas existe", disse Benchimol. "Nos sentimos obrigados a avançar neste mercado."

A operação será separada dos outros negócios de corretagem da XP e será comandada por Thiago Maffra. Será chamada XDEX e terá cerca de 40 funcionários.

Nesta semana, a CVM divulgou um conjunto de regras que permitem que fundos invistam em ativos de criptomoeda no exterior, com algumas limitações. No passado, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, comparou criptomoedas a um esquema Ponzi e a uma bolha.

A XP pretende ter R$ 1 trilhão sob custódia até 2020, quatro vezes o que espera ter até o final do ano. O grupo também está lançando um banco nos próximos meses, disse Benchimol.

A empresa expandiu-se rapidamente nos últimos anos oferecendo plataformas de investimento on-line para a crescente classe média brasileira. O Itaú Unibanco Holding concordou em comprar uma participação minoritária na empresa no ano passado, avaliando-a em R$ 12 bilhões.

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