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Webjet pede análise para IPO na CVM

Companhia aérea irá vender units em oferta primária; empresa quer mais 7 aeronaves em 2011

O coordenador líder da operação será o JPMorgan, acompanhado do Bradesco e Citi (WIKIMEDIA COMMONS)

O coordenador líder da operação será o JPMorgan, acompanhado do Bradesco e Citi (WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 20h13.

São Paulo – A companhia aérea Webjet, da família Paulus, ex-controladora da CVC, entrou hoje com um pedido para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla inglês). Segundo o prospecto publicado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a operação será primária e serão ofertados certificados de depósitos de ações (units). O coordenador líder será o JPMorgan, acompanhado do Bradesco e Citi. As ações serão listadas no nível 2 de governança corporativa da BM&FBovespa.

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Os recursos captados com a oferta devem ser alocados para a expansão da frota da empresa, revela o prospecto. A Webjet ressalta, contudo, que o valor a ser utilizado com novas aeronaves dependerá do crescimento de demanda, operação de novas rotas e condições de competição, podendo “acelerar ou arrefecer o ritmo de expansão”. A frota operada hoje pela empresa é de 23 aeronaves 737-300, todas com 148 assentos. Para 2011, os planos são de comprar mais 7 aeronaves.

“Acreditamos que as aeronaves adicionais sustentarão nossos planos de aumentar a frequência de voos nas rotas atuais, adicionar novos destinos e aumentar a rentabilidade de nossas operações”, revela o documento. A empresa opera o sistema ponto-a-ponto, ou seja, não utiliza “hubs” em grandes terminais pelo Brasil. “Isto nos permite trazer nossas aeronaves, pilotos e comissários de bordo de volta para sua base de origem todos os dias, reduzindo nossos custos operacionais, melhorando a qualidade de vida de nossa tripulação e aumentando nossos índices de retenção”, afirma a empresa.

Além disso, a Webjet mantém os custos baixos ao não oferecer serviços adicionais para os passageiros. “Por exemplo, não oferecemos refeições e entretenimento a bordo, lounges em aeroportos ou programa de milhagem. Mantemos baixos custos de serviço de bordo terceirizando totalmente os serviços de vendas a bordo. Em nossos voos, os passageiros podem comprar alimentos e bebidas, pelos quais recebemos uma Comissão”, explica o prospecto.

De acordo com os últimos dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) de janeiro de 2011, as empresas de menor porte representam 19,38% do mercado interno, com participação de 7,74% da Azul, 5,53% da Webjet, 2,54% da Avianca e 2,51% da Trip. Outras seis empresas devem lançar ações pela primeira vez em breve na bolsa e já estão com o processo em andamento na CVM: Desenvix, CAB Ambiental, IMC, Time For Fun (T4F), Cimentos Liz e Camil Alimentos.

A matéria de capa da edição atual de EXAME traz ainda outros 20 nomes que podem ir ao mercado em 12 meses. Entre elas estão a Drogaria São Paulo, Azul, BMG, Pague Menos e CVC.

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