Via tem prejuízo de R$ 163 milhões no 4º trimestre, mas supera expectativas
Volume bruto de mercadorias cresceu 7,7%, com destaque para lojas físicas
Repórter de Invest
Publicado em 9 de março de 2023 às 22h02.
Última atualização em 9 de março de 2023 às 22h03.
A varejista Via (VIIA3) teve prejuízo líquido de R$ 163 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo lucro de R$ 29 milhões no mesmo período do ano anterior. Ainda assim, o resultado foi melhor que o esperado pelo consenso do mercado, que estimava um prejuízo de R$ 212,5 milhões no período, segundo a Refinitiv.
O Ebitda ajustado, principal indicador de caixa operacional da companhia ficou perto da estabilidade, caindo de R$ 641 milhões no quarto trimestre de 2021 para R$ 629 milhões no resultado divulgado nesta quinta-feira, 9. O resultado também ficou acima das expectativas dos analistas, que estimavam Ebitda de R$ 593 milhões.
A receita bruta consolidada registrou aumento de 9% frente ao mesmo período em 2021, para R$ 10,4 bilhões. A variação é explicada pelo avanço de 18,2% na receita das lojas físicas, apesar do decréscimo de (3,6%) na receita das vendas online.
Já o volume bruto de mercadorias ( GMV, na sigla em inglês) ficou em R$ 12,5 bilhões no quarto trimestre – 7,7% acima dos R$ 11,7 bilhões apurados no mesmo período do ano anterior. O crescimento do GVM nas lojas físicas foi de 16% no trimestre, com alta de 11,4% na métrica de vendas nas mesmas lojas (SSS).
O GMV 1P online, que representa os produtos vendidos e entregados pelo marketplace, apresentou redução de 6% na comparação anual, atingindo R$ 4 bilhões. Segundo a empresa, a redução é “fruto da queda do mercado”.
Já o GMV 3P, no quais as vendas e entregas ficam a cargo do vendedor associado, ficou estável, mas apresentou crescimento de receita de 41,5% no período, para R$ 184 milhões
A geração de caixa operacional foi de R $3,4 bilhões. Segundo a Via, houve geração no capital de giro de R$ 1,2 bilhão no período, efeito principalmente da redução de estoques.
Os gastos com demandas judiciais trabalhistas totalizaram prejuízo de R$ 273 milhões, enquanto a monetização de créditos tributários somou R$ 1,1 bilhão e a renovação da parceria de cartões R$ 1,75 bilhão.
A posição final de caixa encerrou o trimestre em R$ 6,2 bilhões.
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