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Venda de ativos da Petrobras reduz excesso de dívida

O plano da estatal de vender US$ 8 bilhões em ativos sinaliza para investidores que a companhia não vai inundar o mercado com novos títulos

Trabalhador no navio de produção FPSO P-37, na Bacia de Campos (Divulgação/Petrobras/Você S/A)

Trabalhador no navio de produção FPSO P-37, na Bacia de Campos (Divulgação/Petrobras/Você S/A)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 09h49.

Rio de Janeiro/Nova York - Os custos de captação da Petróleo Brasileiro SA estão perto do menor nível em dois anos em relação ao que pagam empresas do setor também classificadas como grau de investimento. O plano da estatal de vender US$ 8 bilhões em ativos sinaliza para investidores que a companhia não vai inundar o mercado com novos títulos de dívida.

Os papéis em dólares com vencimento em 2019 da Petrobras, maior emissora de dívida corporativa em mercados emergentes este ano, renderam 3,07 por cento em 19 de outubro, a menor taxa histórica para os títulos. Esse nível é 0,89 ponto percentual menor que a média dos papéis de países em desenvolvimento com classificação em pelo menos BBB-, segundo o JPMorgan Chase & Co. O spread a favor da companhia brasileira, o maior em 23 meses, vem subindo desde 17 de setembro, quando a empresa anunciou que pretende vender campos no Golfo do México no início de 2013.

A Petrobras, que tem cerca de US$ 31,6 bilhões em títulos no mercado internacional, quer reduzir a dependência das captações externas ao mesmo tempo em que desenvolve as maiores descobertas de petróleo da última década. Os custos de captação da estatal caíram pelo menos 65 por cento a mais do que os de seus pares no México e na Colômbia. Investidores especulam que a venda de ativos, estimada pela empresa em até US$ 8 bilhões, reduzirá suas emissões no exterior para até US$ 4 bilhões no ano que vem, o menor valor desde 2010, disse a Aviva Investors Ltd.

“Seria uma grande vitória para detentores de títulos”, disse Jeremy Brewin, que ajuda a administrar mais de US$ 5 bilhões em dívida de mercados emergentes, incluindo papéis da Petrobras, na Aviva, em entrevista por telefone de Londres. “Essa atitude significativa e sensível de focar a principal unidade do negócio na exploração em águas profundas no Brasil” tem ajudado nos ganhos.

A presidente da estatal, Maria das Graças Foster, disse a jornalistas em 16 de outubro que a venda de ativos e o programa de controle de custos vão permitir que a empresa busque menos recursos no mercado financeiro para manter seus investimentos.

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