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Vale já recuperou R$ 24 bilhões na Bolsa após Brumadinho

No dia 25 janeiro, a Bolsa estava fechada devido ao feriado na cidade de São Paulo. Na segunda-feira, as ações desvalorizaram 24,5%, mas voltaram a subir

Vale: ações voltaram a subir após o anúncio de algumas medidas da própria companhia (Washington Alves/Reuters)

Karla Mamona

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 06h45.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2019 às 06h45.

São Paulo - O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) completou um mês no dia 25 de janeiro. Naquela sexta-feira, a B3 estava fechada devido ao feriado do aniversário da cidade de São Paulo.

Na abertura do pregão, no dia 28 de janeiro, as ações da Vale abriram em leilão. Naquela segunda-feira, a desvalorização do papel chegou em 24,5%, foi o pior desempenho em um dia da história da companhia, o que fez a Vale perder 72 bilhões de reais em valor de mercado.

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Neste dia, as ações da Vale (VAL3) caíram para 42,38 reais. Passado um mês, os papéis voltaram a subir, mas não se recuperaram do tombo.

Até a última quarta-feira, os papéis da mineradora eram negociados em 47,12 reais, ou seja, em um mês as ações voltaram a subir e acumulam ganhos de 11%. Com isso, a empresa viu seu valor de mercado passar dos 223,4 bilhões de reais para 248,11 bilhões de reais, um ganho de 24 bilhões de reais.

Desdobramentos

No último mês, os investidores têm acompanhado os desdobramentos da tragédia.Entre eles estão o anúncio do descomissionamento de 10 barragens construídas pelo método de alteamento a montante e a paralisação da produção de minério de ferro na mina de Feijão no complexo de Vargem Grande e na mina Brucutu.

As medidas acabaram impactando no preço do minério de ferro, já que a companhia é uma das maiores exportadoras do mundo. Em entrevista ao site EXAME, Glauco Legat, analista-chefe da Necton, calculou que se o preço da tonelada de ferro subisse, por exemplo, 5 dólares, a Vale teria um incremento de renda de 1,8 bilhão de dólares.

Somado a isso, a Vale foi multada em cerca de 350 milhões de reais e justiça brasileira congelou 12,6 bilhões de reais do caixa da empresa. Em relatório divulgado a clientes, a equipe econômica do Santander afirmou que tem baixa visibilidade a respeito dos valores que a empresa pode ter que desembolsar em relação a indenizações e compensações.

Entretanto, o banco recomenda a compra das ações e estima preço-alvo de 60,80 reais até o final do ano. Anteriormente, o preço-alvo estimado era de 71,30 reais.

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