Vale avalia programa para diluir impacto do câmbio
Segunda maior mineradora do mundo estuda uma mudança na regra contábil permitida na legislação para amenizar variações bruscas
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2013 às 12h25.
Rio de Janeiro - A Vale avalia adotar um programa de diluição do impacto cambial nos resultados da empresa, após a alta do dólar no segundo trimestre ter provocado um impacto contábil negativo de mais de 4 bilhões de reais no seu lucro.
A segunda maior mineradora do mundo estuda uma mudança na regra contábil permitida na legislação para amenizar bruscas variações cambiais no resultado financeiro, disse nesta quinta-feira seu presidente-executivo, Murilo Ferreira.
"Avaliamos para o futuro o programa de 'hedge accounting", afirmou Ferreira, durante teleconferência com analistas para apresentação de resultados da mineradora.
O programa "hedge accounting" permite à companhia diluir o impacto contábil da variação cambial de um trimestre em vários outros trimestres, dentro da legislação que rege a divulgação de resultados, e já foi adotado recentemente por empresas como a Petrobras.
O lucro líquido da Vale despencou no segundo trimestre para 832 milhões de reais, ante 5,32 bilhões de reais no mesmo período de 2012, refletindo perdas contábeis bilionárias por conta do efeito da valorização do dólar na sua dívida, informou a mineradora na quarta-feira.
O efeito negativo do dólar mais alto sobre a Vale, porém, foi meramente contábil, com perspectivas positivas para o lado operacional daqui para frente, já que o principal produto da mineradora é vendido em dólar e seus custos são realizados em reais, destacaram executivos da companhia durante a teleconferência.
A mesma percepção de que o dólar alto não teve um impacto relevante no resultado, por ter surtido um efeito não caixa, é compatilhada por analistas e bancos de investimentos. As ações da companhia abriram em alta nesta manhã e às 11h58 subiam 2 por cento, enquanto o Ibovespa ganhava 0,98 por cento.
O Morgan Stanley, por exemplo, afirma em relatório que a Vale conseguiu entregar um conjunto de números sólidos no segundo trimestre, com controle de custos, despesas e capex.
Murilo Ferreira afirmou que a empresa apresentou um sólido desempenho financeiro no trimestre apesar do ambiente desafiador, com esforços para reduzir custos. O foco em projetos rentáveis também permanecerá entre os objetivos da companhia, disse.
Rio de Janeiro - A Vale avalia adotar um programa de diluição do impacto cambial nos resultados da empresa, após a alta do dólar no segundo trimestre ter provocado um impacto contábil negativo de mais de 4 bilhões de reais no seu lucro.
A segunda maior mineradora do mundo estuda uma mudança na regra contábil permitida na legislação para amenizar bruscas variações cambiais no resultado financeiro, disse nesta quinta-feira seu presidente-executivo, Murilo Ferreira.
"Avaliamos para o futuro o programa de 'hedge accounting", afirmou Ferreira, durante teleconferência com analistas para apresentação de resultados da mineradora.
O programa "hedge accounting" permite à companhia diluir o impacto contábil da variação cambial de um trimestre em vários outros trimestres, dentro da legislação que rege a divulgação de resultados, e já foi adotado recentemente por empresas como a Petrobras.
O lucro líquido da Vale despencou no segundo trimestre para 832 milhões de reais, ante 5,32 bilhões de reais no mesmo período de 2012, refletindo perdas contábeis bilionárias por conta do efeito da valorização do dólar na sua dívida, informou a mineradora na quarta-feira.
O efeito negativo do dólar mais alto sobre a Vale, porém, foi meramente contábil, com perspectivas positivas para o lado operacional daqui para frente, já que o principal produto da mineradora é vendido em dólar e seus custos são realizados em reais, destacaram executivos da companhia durante a teleconferência.
A mesma percepção de que o dólar alto não teve um impacto relevante no resultado, por ter surtido um efeito não caixa, é compatilhada por analistas e bancos de investimentos. As ações da companhia abriram em alta nesta manhã e às 11h58 subiam 2 por cento, enquanto o Ibovespa ganhava 0,98 por cento.
O Morgan Stanley, por exemplo, afirma em relatório que a Vale conseguiu entregar um conjunto de números sólidos no segundo trimestre, com controle de custos, despesas e capex.
Murilo Ferreira afirmou que a empresa apresentou um sólido desempenho financeiro no trimestre apesar do ambiente desafiador, com esforços para reduzir custos. O foco em projetos rentáveis também permanecerá entre os objetivos da companhia, disse.