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Usiminas pode avançar 70% mesmo após decisão do Cade

Para os analistas do Santander, a Usiminas permanece como a principal recomendação no setor siderúrgico


	De acordo com o Santander, os bons fundamentos da Usiminas devem minimizar a diluição técnica criada pela decisão do Cade, forçando a CSN a vender ações
 (Usiminas/EXAME.com)

De acordo com o Santander, os bons fundamentos da Usiminas devem minimizar a diluição técnica criada pela decisão do Cade, forçando a CSN a vender ações (Usiminas/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 17h16.

São Paulo – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou nesta semana que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) diminua a participação acionária que assumiu na Usiminas. O objetivo é evitar sobreposição no mercado de aços planos, no qual as empresas mantêm posição de liderança em vendas e produção.

A notícia pesou muito no desempenho das ações preferenciais da Usiminas (USIM5), que na semana registram queda de 10%.

Para os analistas Felipe Reis e Alex Sciacio, do Santander, a empresa permanece como a principal alternativa no setor siderúrgico. O banco tem recomendação de compra às ações USIM5 e projetam preço alvo de 15,50 reais para o final de 2014, um potencial de valorização de 72%.

“Os bons fundamentos da companhia devem minimizar a diluição técnica criada pela decisão do Cade forçando a CSN a vender ações da Usiminas. Após a queda rápida de USIM5 (-37% no acumulado do ano e -12% em abril), vemos o preço da ação a níveis atrativos frente ao seu momento de lucros e seu valor de mercado”, explicam os analistas.

O Cade não revelou o percentual final de participação que a CSN deve possuir na Usiminas.

A totalidade da participação da CSN em ações USIM5 chega a 8,6% do valor de mercado da Usiminas. O relatório do Santander lembra que a CSN não será forçada a vender a totalidade de sua participação e que, com isso a pressão de venda será inferior aos 8,6%.

“Assumindo que a CSN provavelmente tem um período de tempo razoável para vender gradativamente suas ações, vemos potencial de baixa limitado”, avaliam Felipe Reis e Alex Sciacio.

Por fim, o banco afirma que o efeito de diluição será pior para as ações com direito a voto (USIM3), já que o tamanho relativo da participação da CSN em termos de pregões é muito superior.

“A nosso ver, faz sentido inferir que a CSN terá que vender um percentual superior de sua participação de ações com direito a voto relativamente a ações sem direito a voto”, concluem os analistas.

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