Mercados

Usiminas dispara mais de 9% e ajuda a sustentar Bovespa

Rumores sobre a possível venda da empresa para a CSN ou Gerdau fizeram as ações dispararem

As ações da Usiminas tiveram alta de 9,55 por cento (Kiko Ferrite)

As ações da Usiminas tiveram alta de 9,55 por cento (Kiko Ferrite)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 18h11.

São Paulo - A alta das ações de siderúrgicas sustentou a bolsa brasileira nesta segunda-feira, mesmo com a queda das principais ações nos Estados Unidos.

O Ibovespa subiu 0,73 por cento, a 67.169 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,04 bilhões de reais.

Em Nova York, o índice Standard & Poor's 500 caiu 0,6 por cento, e o Dow Jones perdeu 0,43 por cento.

As ações ordinárias da Usiminas --envolta em especulações sobre eventuais fusões ou aquisições-- tiveram alta 9,55 por cento, a 31,55 reais. É o segundo dia seguido de forte alta dos papéis, diante da volta das especulações sobre o interesse de Gerdau e da CSN na empresa.

"Uma possível leitura que pode justificar a boa performance dos papéis seria a de que os desembolsos de caixa necessários para a Nippon Steel recuperar suas plantas atingidas pelos fenômenos naturais limitaria suas condições de cobrir uma possível oferta de CSN/Gerdau pelo controle da Usiminas", escreveu a analista Daniella Maia, da corretora Ativa.

O banco de investimento JPMorgan, no entanto, vê como improvável algum movimento de consolidação no curto prazo.

"Qualquer combinação de Gerdau, CSN e Usiminas faria sentido do ponto de vista operacional", afirmou Rodolfo de Angele, analista do banco, em nota. "(Mas) a estrutura de acionistas e o perfil familiar são uma barreira para uma mudança efetiva no setor." Em fevereiro, os principais acionistas da Usiminas assinaram um acordo de estabilidade até 2031.

Além dos rumores, participantes de mercado citaram o terremoto no Japão como um possível fator para a alta do setor, já que as empresas japonesas, em tese, terão por ora menos condições de atender à demanda por aço.

Cyrela despenca

Entre as blue chips, a Vale, envolta em discussões sobre a permanência do atual presidente Roger Agnelli após o fim do atual período, em maio, viu sua ação preferencial cair 0,21 por cento, a 46,64 reais. Já a ação preferencial da subiu 0,39 por cento, a 28,28 reais.

Na ponta de baixo, as ações de construção civil recuaram, com destaque para Cyrela, após a empresa revisar para baixo as metas para 2011 e 2012. A construtora despencou 6,48 por cento, a 15,15 reais.

SMALL CAPS Algumas ações de menor liquidez foram influenciadas pelo rebalanceamento, na sexta-feira à noite, da composição do fundo Brazil Small-Cap Index (BRF). As seis ações que serão incluídas a partir da próxima semana subiram.

Dentro do Ibovespa, LLX subiu 3,83 por cento e Portx avançou 5,41 por cento. Fora do principal índice, Marisa subiu 7,49 por cento, Droga Raia ganhou 5,13 por cento, LPS Brasil avançou 1,65 por cento e Saraiva subiu 0,54 por cento.

Amil, que será excluída da composição do fundo, teve queda de 2,8 por cento.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas japonesasSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasUsiminas

Mais de Mercados

Executivos do mercado financeiro investem em educação e transforam a vida de jovens de baixa renda

Dólar sobe para R$ 6,19 com indefinição sobre emendas parlamentares

Megafusão de Honda e Nissan: um 'casamento' de conveniência sob intensa pressão

Ibovespa fecha penúltimo pregão em baixa e cai 1,5% na semana; dólar sobe 2%