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US$ 6,3 bi deixaram fundos de emergentes, diz Morgan Stanley

A saída de mais de US$ 12 bilhões acumulados nas últimas duas semanas compõe o pior desempenho dos fundos de ações de emergentes


	Morgan Stanley: os números mostram um recorde de 15 semanas ininterruptas de saída de recursos das ações emergentes
 (Getty Images)

Morgan Stanley: os números mostram um recorde de 15 semanas ininterruptas de saída de recursos das ações emergentes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 10h40.

Londres - A sangria dos mercados emergentes continua a todo vapor. Dados da consultoria EPFR Global compilados pela equipe do Morgan Stanley mostram que US$ 6,36 bilhões deixaram fundos de ações de mercados emergentes na semana encerrada em 5 de fevereiro. O valor é ligeiramente superior à fuga vista na semana anterior, quando US$ 6,33 bilhões foram sacados das mesmas carteiras.

A saída de mais de US$ 12 bilhões acumulados nas últimas duas semanas compõe o pior desempenho dos fundos de ações de mercados emergentes desde janeiro de 2008, segundo o Morgan Stanley.

Além disso, os números mostram um recorde de 15 semanas ininterruptas de saída de recursos das ações emergentes. No acumulado das 15 semanas, saíram US$ 33,3 bilhões - valor equivalente a 4,4% da carteira.

Em termos nominais, os Brics lideraram a sangria de recursos. A China foi o mercado que mais sofreu com a fuga e US$ 1,14 bilhão foi sacado na semana. Em seguida, aparecem os demais grandes emergentes: Índia (saída líquida de US$ 640 milhões na semana), Brasil (US$ 630 milhões) e Rússia (US$ 600 milhões).

O Morgan Stanley afirma ainda que Tailândia, Chile e Polônia registraram as maiores saídas proporcionais em relação ao total da carteira. Os números, porém, não foram divulgados pelo banco.

O documento do Morgan Stanley pondera que a fuga da renda variável não é exclusividade dos mercados em desenvolvimento. Na mesma semana encerrada em 5 de fevereiro, fundos em países desenvolvidos registraram saída de US$ 22,3 bilhões.

Recursos têm saído da renda variável em direção à renda fixa, que começa a oferecer melhores perspectivas diante da normalização da política monetária nos Estados Unidos.

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