UBS e Merrill Lynch reduzem aposta em Petrobras
Tradicionais bancos de investimentos diminuem projeções para os papéis da estatal brasileira após capitalização
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2010 às 23h28.
São Paulo - Os analistas de mercado voltaram a falar sobre a Petrobras (PETR3); (PETR4). Depois de quase um mês sem opinar por conta do período de silêncio que envolve aqueles próximos da operação, as primeiras vozes emergentes após o processo de capitalização não têm sido favoráveis à estatal. Na semana passada, analistas do UBS e Merrill Lynch, tradicionais bancos de investimentos, mostraram ceticismo com a empresa.
Os analistas Frank McGann e Conrado Vegner reduziram o preço-alvo das ações preferenciais da Petrobras de 52 reais para 49 reais. De acordo com a análise, a alteração reflete a queda das estimativas devido ao aumento de 47% no número de ações em circulação depois da capitalização. Apesar disso, o banco analisa que os efeitos da diluição já estão no preço. A recomendação é de compra.
"Com o final da oferta, esperamos que a ação irá negociar mais uma vez com base nos fundamentos que, em nossa visão, continuam excelentes", explicam. Segundo a Merrill Lynch, as ações da Petrobras negociam atualmente com um desconto em relação aos pares globais, porém deveriam estar com um prêmio para refletir o perfil de crescimento dos ativos.
O UBS, que não participou da coordenação da oferta, recomenda a venda dos papéis da empresa. O preço-alvo para as ações ordinárias foi reduzido de 33 reais para 30 reais. Segundo a analistas do banco, Lilyanna Yang, o corte se deveu à oferta "altamente diluidora". "Nós atualizamos nosso modelo para refletir a cara aquisição dos 5 bilhões de barris da cessão onerosa", escreveu a analista.
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