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Trump derruba as bolsas

As bolsas caíram mundo afora nesta quarta-feira com a turbulência que atinge o governo de Donald Trump. Na noite de ontem foi revelado que Trump pediu ao ex-diretor do FBI James Comey para barrar uma investigação contra o assessor de segurança nacional Michael Flynn. A Casa Branca negou, mas um número crescente de analistas acredita […]

Operador preocupado na Bolsa de Nova York: cresce o número de analistas que alertam para o risco do estouro de uma bolha no preço dos ativos (Brendan McDermid/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2017 às 18h48.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h09.

As bolsas caíram mundo afora nesta quarta-feira com a turbulência que atinge o governo de Donald Trump. Na noite de ontem foi revelado que Trump pediu ao ex-diretor do FBI James Comey para barrar uma investigação contra o assessor de segurança nacional Michael Flynn. A Casa Branca negou, mas um número crescente de analistas acredita que o governo está enfraquecido demais para aprovar reformas importantes. Bolsas de aposta já dão 60% de chance de Trump não terminar o mandato.

A contaminação, claro, começa nos Estados Unidos, onde ações, dólar e títulos do governo caem enquanto investidores recuam nas apostas de que Trump conseguiria levar a cabo sua pauta reformista. Nos últimos meses, o mercado apostava que um pacote de reformas tributárias, desregulamentação e grandes investimentos em infraestrutura elevariam o crescimento e a inflação no país.

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Os principais índices americanos tiveram as maiores quedas em oito meses. O Dow Jones perdeu 372 pontos (-1,78%), o S&P 500 caiu 1,82%, e o Nasdaq, que reúne as empresas de tecnologia, despencou 2,5%. Os bancos foram especialmente afetados: o Bank of America e o Morgan Stanley caíram quase 6%. Na Europa, o índice Stoxx 600 caiu 1,2%; a bolsa japonesa teve a maior queda em um mês. Com a instabilidade, o ouro, considerado um investimento seguro, subiu 1,8%. O Vix, índice que mede o nervosismo dos investidores, teve o maior aumento diário desde setembro. O dólar voltou aos patamares anteriores à vitória de Trump.

No Brasil, o Ibovespa caiu 1,67%, voltando à casa dos 67.000 pontos. Apenas duas empresas do índice tiveram alta — a administradora de shoppings BR Malls (1,11%) e a operadora de saúde Qualicorp (0,68%). Empresas com grande presença internacional, como o frigorífico Marfrig e a fabricante de aviões Embraer, despencaram mais de 4% (mais detalhes no resumo de mercados). A euforia dos mercados com Trump, de repente, virou um salve-se quem puder.

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