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Tombini manda recado sobre inflação e taxas de juros caem

As taxas de juros projetadas pelos contratos futuros da BM&F operam em queda no pregão de hoje, após forte alta na sessão de ontem


	Presidente do BC afirmou, durante lançamento de um conjunto de medidas para diminuir custos operacionais do Sistema Financeiro Nacional, que não há risco de descontrole inflacionário no Brasil
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente do BC afirmou, durante lançamento de um conjunto de medidas para diminuir custos operacionais do Sistema Financeiro Nacional, que não há risco de descontrole inflacionário no Brasil (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 14h30.

São Paulo - As taxas de juros projetadas pelos contratos futuros da BM&F operam em queda no pregão de hoje, após forte alta na sessão de ontem. O movimento é impulsionado, principalmente, pela fala do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, sobre política monetária.

Na manhã de hoje, durante lançamento de um conjunto de medidas para diminuir custos operacionais do Sistema Financeiro Nacional, Tombini afirmou que não há risco de descontrole inflacionário no Brasil, e que a estratégia do Banco Central “permanece válida”.

O comentário do presidente do BC foi na contramão do que muitos analistas já estavam esperando. O mercado começou a falar em um provável aumento da taxa básica de juro Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de abril.

Essa visão tornou-se ainda mais forte à medida que foram saindo os primeiros indicadores de inflação do ano, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro. No mês passado, o indicador subiu 0,86%, a maior variação mensal desde abril de 2005, quando a alta chegou a 0,87%.

Dezembro também registrou inflação expressiva, 0,79%. Com o resultado de janeiro, o IPCA acumulado em 12 meses passou para 6,15%, contra inflação de 5,84% registrada em todo o ano passado.


Apesar de enfatizar que a estratégia do Banco Central de manter os juros baixos continua valendo, o chefe da autoridade monetária também afirmou que, se for necessário, a taxa Selic pode voltar a subir.

Índices de preços

Dois indicadores semanais de inflação divulgados hoje mostraram avanço dos preços, mas a alta de um deles teve menor intensidade do que na semana anterior.

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,34% na segunda prévia de fevereiro, repetindo a taxa registrada no mesmo período de janeiro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta terça-feira.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu 0,83% na segunda quadrissemana de fevereiro, ante alta de 1,01% na primeira quadrissemana do mês, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira.

Por volta das 12h, o contrato futuro com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 7,68% ao ano, para 7,72% no ajuste de ontem. Janeiro de 2015 caía de 8,42% para 8,36% e janeiro de 2017, de 9,10% para 9,06%. Janeiro de 2021 passava de 9,66% para 9,60%.

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