Tesouro e B3 zeram taxa de custódia para Tesouro Selic até R$10 mil
Medida vem em meio à perda de atratividade de alternativas de investimento em renda fixa
Reuters
Publicado em 23 de julho de 2020 às 14h41.
Última atualização em 23 de julho de 2020 às 15h36.
O Ministério da Economia anunciou nesta quinta-feira que o Tesouro Nacional e a bolsa brasileira B3 zeraram a taxa de custódia para os investimentos no Tesouro Selic até o estoque de 10 mil reais, ante taxa de 0,25% ao ano antes
A alteração passa a valer em 1º de agosto.
"O Tesouro Direto tem hoje quase 1,3 milhão de investidores ativos. Com a zeragem da taxa, um terço deles ficaria completamente isentos de tarifa", disse a pasta.
"Como a medida isenta o pagamento para todos os investidores em Tesouro Selic até o limite de 10 mil reais em estoque, todos que possuem esse título, e que respondem por 53% da base de investidores ativos do programa, acabarão de alguma maneira sendo beneficiados", acrescentou.
A medida vem em meio à perda de atratividade de alternativas de investimento em renda fixa num cenário de Selic em mínimas históricas, justamente pela cobrança de taxas e pela incidência de impostos.
Atualmente, a taxa básica de juros está em 2,25% ao ano, o que tem ajudado a impulsionar depósitos recordes na tradicional caderneta de poupança, que é isenta de taxas e Imposto de Renda.
Recentemente, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, pontuou que a preocupação da autoridade monetária quanto ao limite para os juros básicos estava hoje mais ligada à indústria de fundos e realocação grande para a poupança, o que poderia gerar outras ineficiências econômicas.