Tesla reduz preços de seus veículos em até 20% nos EUA e Europa
A empresa de Musk já reduziu os preços duas vezes na China nos últimos meses e ofereceu descontos excepcionais na América do Norte no fim do ano passado
AFP
Publicado em 13 de janeiro de 2023 às 18h16.
A Tesla anunciou nesta sexta-feira, 13, a redução no preço de seus modelos de veículos elétricos mais vendidos em até 20% na Europa e nos Estados Unidos, iniciando uma guerra de preços no momento em que mais rivais entram no mercado.
As ações da empresa comandada por Elon Musk vêm perdendo valor há mais de um ano e caíram até 4,5% no início do pregão desta sexta, antes de terem uma leve recuperação.
"Não é segredo que a demanda pela Tesla está começando a ver algumas rachaduras em meio à desaceleração global até 2023", afirmou Dan Ives, analista da Wedbush Securities.
Contudo, Ives afirmou que a redução de preços foi o "movimento correto" e um sinal claro para os fabricantes de automóveis europeus e americanos -como GM e Ford- de que a Tesla "não jogará limpo".
A empresa de Musk já reduziu os preços duas vezes na China nos últimos meses e ofereceu descontos excepcionais na América do Norte no fim do ano passado.
Em 2022, o grupo entregou um recorde de 1,31 milhões de veículos elétricos, um salto interanual de 40%. O objetivo de Musk, no entanto, era de aumentar as entregas em 50% ao ano.
Os investidores estão preocupados com a desaceleração das vendas devido à recessão econômica, bem como ao aumento das taxas de juros que encarecem o crédito.
Os observadores também apontam para a chegada de vários concorrentes no mercado de veículos elétricos, com as principais montadoras oferecendo agora uma linha de modelos, até mesmo no segmento de luxo dominado pela Tesla.
De acordo com o The Wall Street Journal, o desconto agora permite que os compradores do Tesla Model Y, fabricado nos EUA, beneficiem-se de uma redução de impostos, colocando o veículo abaixo do limite de US$ 55 mil.
O crédito fiscal de US$ 7.500 para veículos elétricos fabricados nos Estados Unidos, parte do plano climático do presidente Joe Biden, foi duramente criticado como protecionista por governos e fabricantes europeus.
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