Ternium confirma interesse em Usiminas e ações caem
Na Bolsa de Nova York, a ação da Ternium desabou 17,9 por cento; na Bovespa, a ação ordinária da Usiminas recuou 2,92 por cento.
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2011 às 15h06.
São Paulo - A Ternium afirmou nesta quinta-feira que está negociando uma possível compra de participação na Usiminas , o que mexeu com as ações de ambas na bolsa.
Na véspera, a imprensa local publicara que a segunda maior siderúrgica da América Latina teria feito uma oferta por uma participação de 26 por cento na Usiminas hoje em poder dos conglomerados Votorantim e Camargo Corrêa. O preço oferecido seria de 40 reais por ação.
Na Bolsa de Nova York, a ação da Ternium desabou 17,9 por cento. Na Bovespa, a ação ordinária da Usiminas recuou 2,92 por cento.
Em comunicado divulgado na noite desta quinta-feira, a Usiminas afirmou ter tomado conhecimento do comunicado da Ternium e reafirmou o seu compromisso de manter o mercado devidamente informado sobre eventuais novas informações sobre o assunto.
Analistas consultados pela Reuters viram o anúncio de interesse da Ternium com cautela.
"Ainda faltam detalhes da oferta. Mas o setor está muito penalizado e, se há investidores interessados, mostra que eles estão vendo o copo meio cheio", afirmou o sócio da consultoria M2 Investimentos, Bruno Lembi.
A Usiminas está às voltas com a alta de importações de aços planos, o real valorizado prejudicando as exportações e falta de autossuficiência em matéria-prima.
"A oferta mostra que se há outra companhia com interesse na Usiminas ... talvez pensando numa reversão do quadro atual", disse o analista do Banco Geração Futuro, Rafael Weber.
Por se tratar de uma operação que não envolve troca de controle, analistas afirmam que não haverá tag along para os minoritários.
"Os minoritários terão que esperar o que esse novo sócio tem de estratégia para a companhia, mas isso demanda tempo", afirmou Weber.
O bloco de controle da Usiminas, composto por Nippon Steel, Camargo Corrêa, Votorantim e o fundo de pensão dos funcionários Caixa de Empregados da Usiminas, negou pela última vez em 21 de setembro que possuía planos de vender suas ações.
Procuradas nesta quinta-feira, a Votorantim informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai comentar o assunto, e a Camargo Corrêa e a Caixa dos Empregados da Usiminas também não comentaram.
Ternium, CSN e Gerdau vêm sendo citadas por profissionais do mercado como interessadas em assumir uma cadeira no bloco de controle da Usiminas. Os rumores aumentaram após a CSN aumentar sua participação na Usiminas neste ano.
Informações publicadas pela imprensa afirmavam que a CSN teria feito uma proposta pela participação de 26 por cento que Camargo Corrêa e Votorantim possuem na Usiminas. Analistas consideraram possível que a Gerdau tentasse barrar o avanço da CSN na Usiminas.
Em janeiro deste ano, a Usiminas anunciou a venda de sua participação de 14,25 por cento na Ternium, em meio a um processo de reorganização das atividades do grupo brasileiro.
A operação, realizada por meio de uma oferta pública de ações que levantou 250 milhões de dólares, aconteceu enquanto a Usiminas, siderúrgica brasileira mais duramente atingida pela crise financeira de 2008, buscava reestruturar-se para reduzir custos e ampliar margens de lucro.
São Paulo - A Ternium afirmou nesta quinta-feira que está negociando uma possível compra de participação na Usiminas , o que mexeu com as ações de ambas na bolsa.
Na véspera, a imprensa local publicara que a segunda maior siderúrgica da América Latina teria feito uma oferta por uma participação de 26 por cento na Usiminas hoje em poder dos conglomerados Votorantim e Camargo Corrêa. O preço oferecido seria de 40 reais por ação.
Na Bolsa de Nova York, a ação da Ternium desabou 17,9 por cento. Na Bovespa, a ação ordinária da Usiminas recuou 2,92 por cento.
Em comunicado divulgado na noite desta quinta-feira, a Usiminas afirmou ter tomado conhecimento do comunicado da Ternium e reafirmou o seu compromisso de manter o mercado devidamente informado sobre eventuais novas informações sobre o assunto.
Analistas consultados pela Reuters viram o anúncio de interesse da Ternium com cautela.
"Ainda faltam detalhes da oferta. Mas o setor está muito penalizado e, se há investidores interessados, mostra que eles estão vendo o copo meio cheio", afirmou o sócio da consultoria M2 Investimentos, Bruno Lembi.
A Usiminas está às voltas com a alta de importações de aços planos, o real valorizado prejudicando as exportações e falta de autossuficiência em matéria-prima.
"A oferta mostra que se há outra companhia com interesse na Usiminas ... talvez pensando numa reversão do quadro atual", disse o analista do Banco Geração Futuro, Rafael Weber.
Por se tratar de uma operação que não envolve troca de controle, analistas afirmam que não haverá tag along para os minoritários.
"Os minoritários terão que esperar o que esse novo sócio tem de estratégia para a companhia, mas isso demanda tempo", afirmou Weber.
O bloco de controle da Usiminas, composto por Nippon Steel, Camargo Corrêa, Votorantim e o fundo de pensão dos funcionários Caixa de Empregados da Usiminas, negou pela última vez em 21 de setembro que possuía planos de vender suas ações.
Procuradas nesta quinta-feira, a Votorantim informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai comentar o assunto, e a Camargo Corrêa e a Caixa dos Empregados da Usiminas também não comentaram.
Ternium, CSN e Gerdau vêm sendo citadas por profissionais do mercado como interessadas em assumir uma cadeira no bloco de controle da Usiminas. Os rumores aumentaram após a CSN aumentar sua participação na Usiminas neste ano.
Informações publicadas pela imprensa afirmavam que a CSN teria feito uma proposta pela participação de 26 por cento que Camargo Corrêa e Votorantim possuem na Usiminas. Analistas consideraram possível que a Gerdau tentasse barrar o avanço da CSN na Usiminas.
Em janeiro deste ano, a Usiminas anunciou a venda de sua participação de 14,25 por cento na Ternium, em meio a um processo de reorganização das atividades do grupo brasileiro.
A operação, realizada por meio de uma oferta pública de ações que levantou 250 milhões de dólares, aconteceu enquanto a Usiminas, siderúrgica brasileira mais duramente atingida pela crise financeira de 2008, buscava reestruturar-se para reduzir custos e ampliar margens de lucro.