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Temores geopolíticos derrubam ações; Alstom cai após oferta

Aumento da violência em países como Iraque e Quênia pesava sobre o setor de turismo e levando investidores a embolsarem lucros

Bolsa de Londres: índice FTSEurofirst 300, caiu 0,42 por cento, a 1.383 pontos (Jason Alden/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 15h05.

Londres - As ações europeias fecharam em queda nesta quarta-feira, ampliando o recuo da semana passada, com o aumento da violência em países como Iraque e Quênia pesando sobre o setor de turismo e levando investidores a embolsarem lucros de papéis que tiveram bom desempenho recentemente.

O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, caiu 0,42 por cento, a 1.383 pontos, recuando ainda mais da máxima de 6 anos e meio atingida na semana passada.

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Os papéis das operadoras de linhas aéreas easyJet e de cruzeiros Carnival recuaram mais de 1 por cento, enquanto o Brent subiu a quase 113 dólares o barril. Investidores temem interrupções nas exportações de petróleo do Iraque, segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Insurgentes sunitas ocuparam o norte do Iraque, ameaçando desmembrar o Estado e provocar disputas sectárias ao longo do Oriente Médio.

Embora companhias aéreas tendam a travar preços para as necessidades imediatas de combustível usando derivativos financeiros conhecidos como "hedges", preços mais altos de petróleo nos próximos meses afetariam os lucros futuros.

"A maioria das companhias aéreas europeias importantes tem hedge de 65 a 80 por cento para o resto do atual ano financeiro", disse o analista do Goodbody Stockbrokers Jack Diskin.

"Se os preços do petróleo continuarem nestes níveis, o custo do hedge.... ficará mais caro e isso impactará sua performance no próximo ano", acrescentou.

O mercado também foi pressionado pela violência no Quênia, onde pelo menos 50 pessoas foram mortas e outras feridas quando mais de vinte atiradores não identificados atacaram uma cidade litorânea.

O grupo francês de engenharia Alstom ampliou as perdas no fim do pregão após a alemã Siemens e a japonesa Mitsubishi Heavy Industries apresentarem oferta conjunta pela companhia, desafiando proposta da General Electric.

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