Taxas longas têm queda firme com Treasuries e dólar
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para julho de 2014 (23.915 contratos) estava em 10,857%, de 10,864% no ajuste anterior
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2014 às 16h57.
São Paulo - As taxas futuras de juros , sobretudo de longo prazo, tiveram queda importante nesta quarta-feira, 14, alinhadas ao comportamento do dólar ante o real no período da tarde e, principalmente, à baixa firme dos yields dos Treasuries, cujos títulos de 10 anos tocaram no patamar mínimo em seis meses.
Neste último caso, o movimento esteve atrelado à percepção de que os principais banco centrais do mundo manterão suas políticas monetárias frouxas.
Hoje, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Mark Carney, sinalizou que a instituição não tem pressa para elevar as taxas de juros.
A declaração vem um dia depois de o BC da Alemanha indicar que pode apoiar mais estímulos na reunião do Banco Central Europeu (BCE) de junho.
Na semana passada, o presidente do BCE, Mario Draghi, após o encontro de política monetária, afirmou que ações poderiam ser tomadas no encontro de junho.
Às 16h30, o yield do T-note de 10 anos estava em 2,541%, de 2,610% no fim da tarde de ontem em Nova York.
Assim, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para julho de 2014 (23.915 contratos) estava em 10,857%, de 10,864% no ajuste anterior.
O DI para janeiro de 2015 (182.860 contratos) marcava 10,98%, de 10,99% no ajuste de ontem.
Na ponta mais longa da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (230.275 contratos) apontava 12,04%, ante 12,14% no ajuste da véspera.
E o DI para janeiro de 2021 (27.450 contratos) registrava 12,28%, de 12,39% no ajuste anterior.
Os investidores monitoraram a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência pública na Câmara dos Deputados.
Mas as palavras ficaram em segundo plano. Além de dizer que a crise já foi superada e que 2013 foi o ano da virada, Mantega também falou sobre inflação e superávit primário.
Segundo ele, a inflação está sob controle e, "tão importante quanto manter solidez fiscal é manter controle da inflação".
O ministro afirmou que a inflação já está em trajetória de queda e voltou a negar qualquer estudo para mudar o cálculo do IPCA, retirando alimentos do índice, por exemplo.
Em relação às contas públicas, o ministro afirmou que o objetivo do governo é produzir superávits primários cada vez maiores de forma a voltar a patamares anteriores e reduzir a dívida pública em relação ao PIB.
De volta à inflação, vale destacar que, conforme o monitor de inflação da FGV repassado por profissionais do mercado, o IPCA ponta desacelerou para 0,64% ontem, de 0,73% na segunda-feira, sendo que a alta do grupo Alimentação & Bebidas também perdeu força, ficando em 0,47%, de +0,57%.
Tal movimento corrobora a visão de analistas de que a inflação tende a ficar mais comportada nos próximos meses, devido a fatores sazonais, o que pode deixar o Banco Central mais tranquilo para interromper o ciclo de ajuste da Selic, conforme indica a maioria das apostas embutidas na curva de juros.
Enquanto isso, o dólar teve dois momentos distintos no pregão. Pela manhã, a moeda dos EUA operou em alta diante do real e, no meio do dia, passou a cair, com um fluxo de entrada de recursos, inclusive no mercado de juros e na Bovespa.
E a baixa do dólar ocorreu a despeito de o Banco Central ter informado, justamente no meio do dia, que o fluxo cambial ficou negativo em US$ 2,509 bilhões na semana passada, fazendo a saída de dólares superar a entrada em US$ 1,737 bilhão em maio até dia 9.
O dólar à vista no balcão terminou o pregão cotado a R$ 2,2070, uma queda de 0,36%.
São Paulo - As taxas futuras de juros , sobretudo de longo prazo, tiveram queda importante nesta quarta-feira, 14, alinhadas ao comportamento do dólar ante o real no período da tarde e, principalmente, à baixa firme dos yields dos Treasuries, cujos títulos de 10 anos tocaram no patamar mínimo em seis meses.
Neste último caso, o movimento esteve atrelado à percepção de que os principais banco centrais do mundo manterão suas políticas monetárias frouxas.
Hoje, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Mark Carney, sinalizou que a instituição não tem pressa para elevar as taxas de juros.
A declaração vem um dia depois de o BC da Alemanha indicar que pode apoiar mais estímulos na reunião do Banco Central Europeu (BCE) de junho.
Na semana passada, o presidente do BCE, Mario Draghi, após o encontro de política monetária, afirmou que ações poderiam ser tomadas no encontro de junho.
Às 16h30, o yield do T-note de 10 anos estava em 2,541%, de 2,610% no fim da tarde de ontem em Nova York.
Assim, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para julho de 2014 (23.915 contratos) estava em 10,857%, de 10,864% no ajuste anterior.
O DI para janeiro de 2015 (182.860 contratos) marcava 10,98%, de 10,99% no ajuste de ontem.
Na ponta mais longa da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (230.275 contratos) apontava 12,04%, ante 12,14% no ajuste da véspera.
E o DI para janeiro de 2021 (27.450 contratos) registrava 12,28%, de 12,39% no ajuste anterior.
Os investidores monitoraram a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência pública na Câmara dos Deputados.
Mas as palavras ficaram em segundo plano. Além de dizer que a crise já foi superada e que 2013 foi o ano da virada, Mantega também falou sobre inflação e superávit primário.
Segundo ele, a inflação está sob controle e, "tão importante quanto manter solidez fiscal é manter controle da inflação".
O ministro afirmou que a inflação já está em trajetória de queda e voltou a negar qualquer estudo para mudar o cálculo do IPCA, retirando alimentos do índice, por exemplo.
Em relação às contas públicas, o ministro afirmou que o objetivo do governo é produzir superávits primários cada vez maiores de forma a voltar a patamares anteriores e reduzir a dívida pública em relação ao PIB.
De volta à inflação, vale destacar que, conforme o monitor de inflação da FGV repassado por profissionais do mercado, o IPCA ponta desacelerou para 0,64% ontem, de 0,73% na segunda-feira, sendo que a alta do grupo Alimentação & Bebidas também perdeu força, ficando em 0,47%, de +0,57%.
Tal movimento corrobora a visão de analistas de que a inflação tende a ficar mais comportada nos próximos meses, devido a fatores sazonais, o que pode deixar o Banco Central mais tranquilo para interromper o ciclo de ajuste da Selic, conforme indica a maioria das apostas embutidas na curva de juros.
Enquanto isso, o dólar teve dois momentos distintos no pregão. Pela manhã, a moeda dos EUA operou em alta diante do real e, no meio do dia, passou a cair, com um fluxo de entrada de recursos, inclusive no mercado de juros e na Bovespa.
E a baixa do dólar ocorreu a despeito de o Banco Central ter informado, justamente no meio do dia, que o fluxo cambial ficou negativo em US$ 2,509 bilhões na semana passada, fazendo a saída de dólares superar a entrada em US$ 1,737 bilhão em maio até dia 9.
O dólar à vista no balcão terminou o pregão cotado a R$ 2,2070, uma queda de 0,36%.