Taxas futuras têm leve baixa antes do Copom
Alguns investidores aproveitaram para realizar algum lucro diante da alta recente das taxas
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 16h15.
São Paulo - As taxas futuras de juros terminaram esta quarta-feira, 15, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão sobre a Selic, com leve viés de baixa.
Pela manhã, as taxas mais curtas chegaram a subir, com os investidores ainda se ajustando para a mudança na Selic, mas passaram a cair no meio da tarde, quando o dólar, pontualmente, cedeu abaixo de R$ 2,35. Além disso, alguns investidores aproveitaram para realizar algum lucro diante da alta recente das taxas.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para abril (264.910 contratos) de 2014 estava em 10,279%, de 10,295% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2015 (721.085 contratos) marcava mínima de 10,74%, ante 10,78% no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (260.440 contratos) indicava para 12,32%, de 12,37% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (20.345 contratos) apontava 13,01%, de 13,09%.
No noticiário nacional, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou nesta quarta que a inflação de janeiro medida pelo IGP-10 subiu 0,58%, após alta de 0,44% em dezembro. O resultado ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa de 0,39% a 0,77%, e abaixo da mediana estimada, de 0,61%.
Nesse cenário, o mercado segue dividido sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta noite, ainda que um pouco mais inclinado a uma elevação de 0,5%. Um operador notou "zeragem" de posições vendidas em taxa que representariam a aposta de 0,25%.
"Não necessariamente estão apostando mais em 0,50%. Alguns agentes sim, mas outros estão apenas reduzindo o tamanho da sua exposição na aposta de 0,25 pp, para diminuir eventuais perdas caso o BC opte pelo ajuste mais forte", explicou. Outro participante disse que alguns investidores aproveitaram para realizar lucro mesmo antes da decisão, após a recente alta das taxas.
O dólar à vista no balcão terminou a sessão estável, cotado a R$ 2,3560, após passar quase todo o pregão no território negativo. Ao longo do dia, o mercado trabalhou sob a influência das captações externas de empresas nacionais, o que cria a perspectiva de entrada de recursos. Mas o avanço da divisa no exterior acabou anulando a queda na reta final desta quarta-feira.
O Banco Mundial, por sua vez, atualizou na noite de terça-feira, 14, suas projeções para a economia global em 2014, com revisão para cima na expectativa de crescimento, a 3,2%, em função da recuperação das economias desenvolvidas. O Brasil, na opinião da instituição, deve crescer 2,4% este ano.
São Paulo - As taxas futuras de juros terminaram esta quarta-feira, 15, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão sobre a Selic, com leve viés de baixa.
Pela manhã, as taxas mais curtas chegaram a subir, com os investidores ainda se ajustando para a mudança na Selic, mas passaram a cair no meio da tarde, quando o dólar, pontualmente, cedeu abaixo de R$ 2,35. Além disso, alguns investidores aproveitaram para realizar algum lucro diante da alta recente das taxas.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para abril (264.910 contratos) de 2014 estava em 10,279%, de 10,295% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2015 (721.085 contratos) marcava mínima de 10,74%, ante 10,78% no ajuste da véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (260.440 contratos) indicava para 12,32%, de 12,37% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (20.345 contratos) apontava 13,01%, de 13,09%.
No noticiário nacional, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou nesta quarta que a inflação de janeiro medida pelo IGP-10 subiu 0,58%, após alta de 0,44% em dezembro. O resultado ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa de 0,39% a 0,77%, e abaixo da mediana estimada, de 0,61%.
Nesse cenário, o mercado segue dividido sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta noite, ainda que um pouco mais inclinado a uma elevação de 0,5%. Um operador notou "zeragem" de posições vendidas em taxa que representariam a aposta de 0,25%.
"Não necessariamente estão apostando mais em 0,50%. Alguns agentes sim, mas outros estão apenas reduzindo o tamanho da sua exposição na aposta de 0,25 pp, para diminuir eventuais perdas caso o BC opte pelo ajuste mais forte", explicou. Outro participante disse que alguns investidores aproveitaram para realizar lucro mesmo antes da decisão, após a recente alta das taxas.
O dólar à vista no balcão terminou a sessão estável, cotado a R$ 2,3560, após passar quase todo o pregão no território negativo. Ao longo do dia, o mercado trabalhou sob a influência das captações externas de empresas nacionais, o que cria a perspectiva de entrada de recursos. Mas o avanço da divisa no exterior acabou anulando a queda na reta final desta quarta-feira.
O Banco Mundial, por sua vez, atualizou na noite de terça-feira, 14, suas projeções para a economia global em 2014, com revisão para cima na expectativa de crescimento, a 3,2%, em função da recuperação das economias desenvolvidas. O Brasil, na opinião da instituição, deve crescer 2,4% este ano.