Taxas futuras sobem seguindo o dólar
Mais cedo, Tombini tentou acalmar os investidores, afirmando que a depreciação do real desde o pico de julho de 2011 até agora é um movimento normal
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 16h04.
São Paulo - Em mais um dia de aversão ao risco nos mercados globais e temores com os emergentes, os juros futuros subiram nesta segunda-feira, 27, acompanhando a apreciação do dólar.
Após indicadores negativos sobre a economia dos EUA, cresceram as expectativas com a reunião do Federal Reserve esta semana, enquanto o presidente do BC, Alexandre Tombini, tentou acalmar os ânimos dos investidores.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (42.955 contratos) marcava 10,491%, de 10,475% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2015 (116.605 contratos) estava em 11,20% - na máxima do pregão -, de 11,13% no ajuste de sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (118.505 contratos) apontava 12,73%, de 12,61%. O DI para janeiro de 2021 (6.505 contratos) mostrava 13,27%, de 13,13% no ajuste anterior.
Em meio às expectativas de que o Fed anuncie nesta quarta-feira um novo corte de US$ 10 bilhões nas suas compras mensais de bônus, a queda de 7% das vendas de moradias novas nos EUA em dezembro levou os investidores a temerem que o banco central possa estar sendo precipitado na retirada dos estímulos. Analistas esperavam uma redução bem menor, de 1,9% nas vendas.
Mais cedo, Tombini tentou acalmar os investidores, afirmando, durante um evento na conceituada London School of Economics, que a depreciação do real desde o pico de julho de 2011 até agora é um movimento normal e que é possível ver alguns progressos no combate à inflação.
"Há progresso na inflação mesmo com o mercado de trabalho forte", garantiu. Segundo ele, a autoridade está usando a política monetária e outros instrumentos "de um modo parcimonioso".
"Tombini apresentou um discurso um pouco mais 'dovish'", disse um operador. Porém, continuou, "os investidores tentam descobrir o que realmente é verdade e o que é apenas 'gogó'. O mercado continua em dúvida e aguarda uma ação concreta com relação aos fundamentos para se acalmar", completou.
Além das expectativas com o Fed, seguem na pauta dos mercados os receios com economias emergentes. Na Turquia, o banco central anunciou uma reunião extraordinária para amanhã, o que não acontecia há três anos, e na Argentina novas medidas no mercado cambial passaram a valer hoje, mas as incertezas fizeram com que o volume de negócios fosse muito baixo.
São Paulo - Em mais um dia de aversão ao risco nos mercados globais e temores com os emergentes, os juros futuros subiram nesta segunda-feira, 27, acompanhando a apreciação do dólar.
Após indicadores negativos sobre a economia dos EUA, cresceram as expectativas com a reunião do Federal Reserve esta semana, enquanto o presidente do BC, Alexandre Tombini, tentou acalmar os ânimos dos investidores.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (42.955 contratos) marcava 10,491%, de 10,475% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2015 (116.605 contratos) estava em 11,20% - na máxima do pregão -, de 11,13% no ajuste de sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (118.505 contratos) apontava 12,73%, de 12,61%. O DI para janeiro de 2021 (6.505 contratos) mostrava 13,27%, de 13,13% no ajuste anterior.
Em meio às expectativas de que o Fed anuncie nesta quarta-feira um novo corte de US$ 10 bilhões nas suas compras mensais de bônus, a queda de 7% das vendas de moradias novas nos EUA em dezembro levou os investidores a temerem que o banco central possa estar sendo precipitado na retirada dos estímulos. Analistas esperavam uma redução bem menor, de 1,9% nas vendas.
Mais cedo, Tombini tentou acalmar os investidores, afirmando, durante um evento na conceituada London School of Economics, que a depreciação do real desde o pico de julho de 2011 até agora é um movimento normal e que é possível ver alguns progressos no combate à inflação.
"Há progresso na inflação mesmo com o mercado de trabalho forte", garantiu. Segundo ele, a autoridade está usando a política monetária e outros instrumentos "de um modo parcimonioso".
"Tombini apresentou um discurso um pouco mais 'dovish'", disse um operador. Porém, continuou, "os investidores tentam descobrir o que realmente é verdade e o que é apenas 'gogó'. O mercado continua em dúvida e aguarda uma ação concreta com relação aos fundamentos para se acalmar", completou.
Além das expectativas com o Fed, seguem na pauta dos mercados os receios com economias emergentes. Na Turquia, o banco central anunciou uma reunião extraordinária para amanhã, o que não acontecia há três anos, e na Argentina novas medidas no mercado cambial passaram a valer hoje, mas as incertezas fizeram com que o volume de negócios fosse muito baixo.