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Super Quarta com Fed e Copom, follow-on do Iguatemi, Zamp e o que mais move o mercado

Mercado espera nova alta de juro agressiva do Federal Reserve; no Brasil, investidores esperam pelo fim do ciclo de ajustes

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (MANDEL NGAN/AFP via/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 21 de setembro de 2022 às 07h33.

Última atualização em 21 de setembro de 2022 às 08h39.

O clima segue de cautela no mercado internacional na manhã desta quarta-feira, 21, com todas atenções voltadas para a decisão de política monetária dos Estados Unidos, prevista para às 15h.

A grande expectativa é de que o Federal Reserve (Fed) eleve sua taxa de juros em mais 0,75 ponto percentual, repitindo a dose das duas últimas decisões. Se confirmada, a alta levará o juro para o intervalo entre 3% e 3,25%, Mas o mercado ainda vê uma pequena chnce de um ajuste ainda mais duro que levaria a taxa para entre 3,25% e 3,5%. Uma alta mais branda de 0,5 p.p., sondada no início do mês passado, não é mais vista como factível.

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Falas mais duras de membros do Fed e dados mais fortes que o esperado para a inflação americana estiveram entre os motivos que levaram os investidores a descartarem uma possível desaceleração na de alta de juros.

Além da decisão do juros em si, investidores aguardam ansiosos pela coletiva de Jerome Powell , presidente do Fed, às 15h30. ParaSávio Barbosa, economista-chefe da Kínitro Capital, o mais provável é que Powell faça um discurso semelhante ao de Jackson Hole , o que, segundo ele, deve reforçar a aposta de uma nova alta de juros de 0,75 p.p.em novembro.

Índices futuros dos Estados Unidos operam em leve alta nesta manhã, após terem caído na véspera. Já o dólar tem mais um dia de valorização frente a moedas emergentes e desenvolvidas.

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Desempenho dos indicadores às 7h15 (de Brasília):

Selic: fim do ciclo de alta?

No Brasil, investidores esperam que a decisão do Comitê de Política Monetária ( Copom ) desta noite marque o fim do ciclo de alta de juros, com a manutenção da taxa Selic em 13,75%. Mas a possibilidade de um "ajuste final" para 14% não é descartada pelo mercado. O próprio presidente do Banco Central , Roberto Campos Neto, indicou em declarações recentes a possibilidade de uma nova alta.

O Goldman Sachs vê como mais provável uma alta de 13,75%, seguida de sinalizações de que o juro permanecerá elevado por "período de tempo razoavelmente longo". Eles veem, porém, 40% de chance para um novo ajuste para 14%. "A alta adicional seria principalmente para reforçar que irá manter a postura monetária significativamente restritiva por um período de tempo prolongado."

Follow-on do Iguatemi

O Iguatemi (IGTI11) levantou R$ 720 milhõe em follow-on precificado na véspera a R$ 19,74 por unit. O desconto em relação ao preço do último fechamento foi de menos de 3%. A oferta foi realizada para obter recursos para o financimaneto de compra de 36% do shopping JK Iguatemi.

Acionistas contra OPA da Zamp

Um bloco de acionistas formado por 22,55% do capital da Zamp (BKBR3) se posicionou contra a oferta pública de aquisição (OPA) do Mubadala de R$ 8,31 por ação. A divulgação do fato relevante em que se monstram desinteressados em participar da OPA ocorre após comunicado divulgado pelo Conselho da Zamp em que ressalta sobre a possibilidade de recisão dos contratos com Burger King e Popeyes, em caso de transfência de ações sem a anuência da RBI, dona das marcas. Em estudo sobre a Mubadala, a RBI constatou possível conflito de interesses por possíveis operações do fundo árabe com concorrentes do grupo.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresFed – Federal Reserve System

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