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Soja sobe ao nível mais alto em mais de cinco meses

Produtores brasileiros vão colher 68,7 milhões de toneladas de soja na atual safra, volume menor que a estimativa de 69,2 milhões de toneladas feita em fevereiro

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, atrás apenas dos Estados Unidos, e o maior exportador, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (Divulgação)

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, atrás apenas dos Estados Unidos, e o maior exportador, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2012 às 15h33.

Cingapura/Paris - Os futuros de soja subiram à maior cotação em mais de cinco meses na bolsa de Chicago após o Brasil, maior exportador da commodity, cortar sua estimativa de produção para esta safra.

Produtores brasileiros vão colher 68,7 milhões de toneladas de soja na atual safra, que vai até agosto, volume menor que a estimativa de 69,2 milhões de toneladas feita em fevereiro. A queda foi causada por pela seca na Região Sul, segundo relatório de ontem da Companhia Nacional de Abastecimento.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, atrás apenas dos Estados Unidos, e o maior exportador, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA. O USDA deve revisar ainda hoje sua estimativa de produção, cortando a previsão para o Brasil de 72 milhões de toneladas, no relatório do mês passado, para 69,5 milhões de toneladas, segundo pesquisa da Bloomberg News.

O contrato com entrega em maio chegou a subir 1,3 por cento, para US$ 13,555 na Chicago Board of Trade, cotação mais alta para o contrato, o mais negociado hoje, desde 19 de setembro. Com isso, a alta acumulada em cinco dias é de 1,6 por cento, na quarta semana de valorização e no mais longo período de alta desde 22 de julho.

“A soja continua sua arrancada para cima com base nos dados de exportação bem melhores que o esperado e por conta da expectativa de corte na previsão de produção na América do Sul pelo USDA”, disse a consultoria Agritel, sediada em Paris, em relatório ao mercado.
“Todos estão esperando para ver o que o USDA vai anunciar hoje mais tarde”, disse Neil Burgess, analista de commodity no Westpac Banking Corp. em Sydney. “As condições climáticas na América do Sul têm mexido com as cabeças das pessoas.”

Na Argentina, terceiro maior produtor atrás dos EUA e do Brasil, a produção deve alcançar 46,2 milhões de toneladas, estável em relação à estimativa anterior, disse ontem a Buenos Aires Cereals Exchange. Isso se compara à projeção média de 46,9 milhões de toneladas em pesquisa da Bloomberg com 24 analistas, e à previsão de 48 milhões de toneladas do USDA no mês passado.

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