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Setor elétrico: ano será de volatilidade atípica às ações, projeta Itaú BBA

A estratégia de alocação neste setor pede mais rigor em 2011, afirmam analistas

Cesp (CESP6) e Celesc (CLSC6) são as ações preferidas do setor elétrico pelo Itaú BBA (Caio Coronel/Ag. Itaipu)

Cesp (CESP6) e Celesc (CLSC6) são as ações preferidas do setor elétrico pelo Itaú BBA (Caio Coronel/Ag. Itaipu)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 08h17.

São Paulo – Volatilidade menor e dividendos atrativos. Boa parte do mercado considera estas duas características premissas quando o assunto é investir no “defensivo” setor elétrico. De acordo com as estimativas do HSBC, os maiores "yields" estimados para 2011 são da Eletropaulo (ELPL6), com 18% projetados. Coelce (COCE5), com 13,1%, e Transmissão Paulista (TRPL4), com 9,1%, também entram na lista de boas pagadoras de dividendos, segundo o banco.

Porém, a estratégia de alocação neste setor pede mais rigor em 2011. Segundo relatório do Itaú BBA, os papéis de elétricas devem apresentar uma volatilidade atípica em relação à verificada nos últimos anos. “Com o tema infraestrutura como pano de fundo, há uma vasta gama de outros assuntos que provavelmente vão trazer volatilidade para as ações do setor: a renovação das concessões, o terceiro ciclo de reposição tarifária; o cumprimentos da normas IFRS, a privatização e, por último, a inflação”, afirmam Paula Kovarsky e Giovana Araújo.

Para as analistas, este conjunto de fatores, com destaque à revisão tarifária, será determinante. “Este pode ser um ano de consolidação do setor, que eventualmente pode desencadear uma série de fusões e aquisições, seguido de IPOs e follow-ons”.

Surpresas no radar

Dadas as estimativas, quais papéis devem chamar a atenção em 2011? Paula Kovarsky e Giovana Araújo acreditam que especificamente dois irão surpreender positivamente neste ano: Cesp (CESP6) e Celesc (CLSC6).

“As ações da Cesp serão beneficiadas com as intenções de privatização do governo do Estado de São Paulo; isto depois da renovação das concessões das hidrelétricas de Ilha Solteira e as concessões de Jupiá”, estimam as analistas.

Recentemente o secretário estadual de Energia, deputado federal reeleito José Aníbal (PSDB-SP), disse que o governo de São Paulo pretende retomar a ideia de privatizar da Cesp. Porém, a renovação das concessões das principais usinas da empresa (Ilha Solteira e Jupiá) vencem em 2015. De acordo com Aníbal, as conversas entre o governo paulista e a União para obter a renovação das concessões serão intensificadas nos próximos meses.

Quanto à Celesc, a aposta do Itaú BBA está na reestruturação operacional da companhia, tendo em vista a mudança no governo do Santa Catarina.

Por fim, o relatório destaca que eventuais surpresas positivas referentes aos números operacionais de empresas como Copel (CPLE6), Light (LIGT3), Cesp (CESP6) e Eletrobrás (ELET3), poderão substituir uma estratégia meramente focada em sólidos dividendos de companhia como Eleletropaulo (ELPL4) (ELPL6), Coelce (COCE5), Equatorial (EQTL3), CPFL Energia (CPFE3) e Transmissão Paulista (TRPL4).

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