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Semana teve novo tropeço da Oi e susto vindo da Europa

As ações da Oi sofreram a maior queda dentre os papéis que fazem parte do Ibovespa

Uma mulher bebe café em frente à bolsa de valores BM&F&Bovespa em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Uma mulher bebe café em frente à bolsa de valores BM&F&Bovespa em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 16h39.

São Paulo – A segunda semana de 2015 encerrou com o Ibovespa acumulando leve alta de 0,36%.

Dentre os destaques desta semana está o choque que o Banco Nacional Suíço (BNS) causou no mercado, anunciando o fim dos limites mínimos de câmbio para o franco suíço criados há mais de três anos.

Em um breve comunicado publicado nesta quinta-feira, o BNS, responsável pela política monetária do país, anunciou o abandono da taxa mínima de câmbio, que foi fixada em 1,20 franco por euro há mais de três anos, e a implementação de taxas negativas para os grandes depósitos em francos suíços, na tentativa de desestimular os especuladores.

Oi

As ações da Oi sofreram a maior queda dentre os papéis que fazem parte do Ibovespa. A desvalorização dos papéis chegou a 25%.

Em meio a especulações sobre a possibilidade de se desfazer a fusão entre Oi e Portugal Telecom SGPS, a companhia brasileira informou nesta sexta-feira, por meio de comunicado, que o aumento de capital feito durante a operação foi homologado e está juridicamente concluído. No processo, a operadora PT Portugal tornou-se subsidiária da Oi.

A companhia diz ser a principal vítima das aplicações de 897 milhões de euros realizadas pela PT na Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo (GES), que não foram honradas.

Marfrig

A semana também foi negativa às ações da Marfrig, que recuaram 2,3%.

A companhia anunciou a saída de Sérgio Rial que esteve à frente da empresa nos últimos dois anos e meio. Rial será substituído, a partir de 16 de fevereiro, por Martin Secco Arias, atual presidente da Marfrig Beef Cone Sul.

Em nota, a Marfrig afirmou que o novo presidente está no grupo há mais desde oito anos, desde a aquisição do Frigorífico Tacuarembó no Uruguai, o qual pertencia à sua família e do qual era um dos acionistas.

Ser Educacional

As ações da Ser Educacional até tentaram respirar nesta semana, mas encerraram o período em queda de 9,4%. Os papéis da companhia chegaram a subir 3% na última terça-feira, após a companhia anunciar que o seu conselho aprovou a aquisição de até 10% das ações em circulação no mercado.

O programa de recompra envolve até 3.752.237 ações e irá vigorar até 11 de janeiro de 2016, sendo que as operações de recompra serão realizadas a preço de mercado.

Os papéis têm sido impactados pelas mudanças no programa de financiamento estudantil do governo, o Fies. A partir de agora, os estudantes precisarão tirar no mínimo 450 pontos no Enem para terem acesso ao benefício, e não poderão zerar a prova de redação.

As novas regras também estabelecem que, a cada ano, o Governo pagará às empresas apenas oito mensalidades, em vez das 12 atuais, deixando as demais para serem pagas depois da formatura do aluno. A medida deve impactar o giro financeiro das empresas do setor.

Petrobras

As ações preferenciais da Petrobras conseguiram se salvar do vermelho nesta semana, acumulando modestos ganhos de 0,5%.

Hoje, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defendeu que órgãos de fiscalização e jurídicos encontrem uma saída para que os contratos da estatal com empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato não sejam interrompidos.

Segundo ele, a desmobilização dessas obras e investimentos poderia causar um prejuízo gigantesco. "Creio, sim, que vivemos um grande risco, um risco para o país muito sério, porque temos grandes contratos, esses contratos já foram implementados, e são estes investimentos que estão permitindo que a curva de [produção de] petróleo da Petrobras esteja ascendente. Empresas envolvidas na Lava Jato estão em parte desses contratos e, se não encontrarmos uma solução jurídica que não interrompa o ritmo de investimento e de obras, o prejuízo será gigantesco", afirmou ele.

Vale

Os últimos meses têm sido difíceis para a Vale - e nesta semana não foi diferente. Os papéis preferenciais da mineradora encerraram o período com queda de 3%.

O preço do minério de ferro na China chegou a cair próximo da mínima em mais de cinco anos na última quinta-feira. O Citi cortou a projeção para o preço do minério de 65 para 58 dólares a tonelada em 2015.

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