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Sem tendência, dólar tem dia de vaivém ante real

Moeda é influenciada pelo cenário externo e pelo resultado mais forte das vendas no varejo de julho


	Notas de dólar estadunidense: às 11h52, moeda caía 0,09 por cento, a 2,2783 reais na venda
 (Susana Gonzalez)

Notas de dólar estadunidense: às 11h52, moeda caía 0,09 por cento, a 2,2783 reais na venda (Susana Gonzalez)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 12h17.

São Paulo - O dólar operava sem direção definida ante o real nesta quinta-feira, oscilando entre alta e baixa, influenciado pelo cenário externo e pelo resultado mais forte das vendas no varejo de julho.

Às 11h52, o dólar caía 0,09 por cento, a 2,2783 reais na venda. Em relação ao peso mexicano, o dólar tinha alta de 0,41 por cento. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava em cerca de 597 milhões de dólares.

"O dólar está oscilando entre o cenário lá fora e as vendas no varejo", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

As vendas no varejo cresceram 1,9 por cento na comparação com o mês anterior, atingindo o ritmo mais rápido desde janeiro de 2012, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa da Reuters estimava um aumento de 0,20 por cento.

O resultado ajudava a divisa norte-americana a ter uma tendência de queda no Brasil, mas resultados mais fracos da produção industrial na Europa e dados do mercado de trabalho acima do esperado nos Estados Unidos intensificavam o apetite por dólar nos mercados internacionais.

Com esse cenário, o dólar acabava variando de um lado para outro ao sabor do peso de cada informação, mas sem grande volatilidade. Tanto que ela operou de 2,2891 reais na máxima para 2,2725 na mínima. Na quarta-feira, a moeda norte-americana fechou em 2,2803, queda de 0,07 por cento.

"O mercado está bastante instável e ficará operando suscetível a fatores externos", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.


Mais cedo, a agência de estatísticas da UE Eurostat informou que a produção industrial da zona do euro teve um desempenho muito pior que o esperado em julho, em um sinal da demanda fraca das famílias europeias e da instabilidade da recuperação econômica do bloco.

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, por sua vez, divulgou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego no país caíram em 31 mil, para 292 mil, o menor nível desde 2006, ante expectativa de analistas de um aumento leve. Mas grande parte da queda aconteceu aparentemente por problemas técnicos no processamento dos pedidos.

Dados do mercado de trabalho mais forte nos Estados Unidos voltavam a alimentar expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, começará a reduzir o ritmo de seu programa de compra de ativos, no valor de 85 bilhões de dólares mensais, em sua próxima reunião, na semana que vem.

Ainda nesta quinta-feira, o Banco Central deu mais um passo em seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio até o fim do ano, com a venda da oferta total de 10 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- com vencimento em 3 de fevereiro de 2014. O volume financeiro equivalente do leilão foi de 496,7 milhões de dólares.

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