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Sem perder ritmo nas aquisições, Priner vê lucro líquido crescer 69,5% no 1º trim. e ação saltar

Para este ano, cinco novos ativos estão em análise para aquisição, contam CEO e CFO em entrevista à EXAME Invest

Marcelo Costa e Tulio Cintra, CFO e CEO da Priner (Divulgação/ Stefano Figalo/Site Exame)

Marcelo Costa e Tulio Cintra, CFO e CEO da Priner (Divulgação/ Stefano Figalo/Site Exame)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 12 de maio de 2023 às 11h50.

Última atualização em 12 de maio de 2023 às 12h01.

Uma das queridinhas entre as recomendações de small caps, a Priner seguiu crescendo, a despeito dos juros altos que tanto têm afetado as companhias brasileiras em 2023. No primeiro trimestre, a empresa de serviços industriais que abriu o capital em 2020 reportou lucro líquido de R$ 8,9 milhões, 69,5% acima do mesmo período de 2022 e com melhora de 28% ante o último trimestre do ano passado. A ação já acumula alta de 35,3% no ano.

"Neste trimestre, o que mais contribuiu para o crescimento foi a surpresa positiva em off shore e a incorporação de negócios de engenharia de integridade e inspeção, que não tínhamos. É como se tivéssemos incorporado à companhia dois motores adicionais", explica Tulio Cintra, CEO da Priner, em entrevista à EXAME Invest. Em crescimento absoluto, as duas novas áreas vão continuar crescendo com velocidade. "Esperamos que até o fim do ano a participação dos dois setores sejam de 35% a 40%, sendo maior fatia de infraestrutura."

Criada em 2012, depois de uma cisão da Mills, a empresa tem as aquisições como um forte canal de crescimento. Já são oito desde sua criação. Para este ano, cinco novos ativos estão em análise para aquisição, explica o executivo. Neste ano, a a empresa comprou 100% das empresas Labteste Análises e Ensaios de Materiais Metálicos e Tresca Engenharia e Integridade, que juntas registraram receita líquida consolidada de R$ 6 milhões nos últimos 12 meses e uma margem líquida de 15%. 

"Números comprovam que temos muito assertivos na escolha dos targets e alocação de capital", argumenta Cintra, reforçando que a compra é sempre por empresas saudáveis e que geram resultados, mesmo com o cenário macroeconômico deixando alguns ativos mais expostos e, por isso, mais baratos. Ele admite, porém, que os juros altos dificultam o ritmo de aquisição. "Mas, no caso de aquisições maiores, podemos fazer compra de uma fatia ou olhar para as aquisições menores."

Segundo o CFO do grupo, Marcelo Costa, as aquisições vêm com o objetivo de aumentar o negócio da Priner. A companhia é uma das maiores do setor, que é extremamente pulveriado. "Temos hoje em torno de 5% a 6% do mercado endereçável", afirma Costa. Com as operações atuais e as aquisições no radar, a companhia espera um crescimento de 30% na receita em 2023. No primeiro trimestre, a receita líquida cresceu 86,6%, somando R$ 241,3 milhões, e os novos contratos fechados somaram R$ 267,3 milhões.

"O mercado tem bastante apetite para quem está crescendo", argumenta o diretor financeiro, afirmando também que a companhia adota uma gestão conservadora de caixa. "Captamos R$ 108 milhões em janeiro e essa captação poderia ter sido o dobro. O que temos ouvido dos bancos é que estão mais seletivos e nossa empresa tem perfil de investimento para eles."

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