Dólar cai e volta ao patamar de R$3,53, sem atuação do BC
O mercado também continuava de olho na cena política do país, com os próximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2016 às 11h46.
São Paulo - O dólar caía em relação ao real nesta terça-feira, voltando ao patamar de 3,53 reais, após o Banco Central não anunciar atuações no mercado de câmbio nesta sessão, pelo segundo dia seguido.
O mercado também continuava de olho na cena política do país, com os próximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado e a formação da equipe econômica no eventual governo de Michel Temer.
Às 10:42, o dólar recuava 0,40%, a 3,5342 reais na venda, após queda de 0,61% na véspera. O dólar futuro recuava cerca de 0,75%.
"O principal (para a queda do dólar) é a ausência do BC... Mas se cair muito, perto de 3,50 reais, acho que o BC pode entrar", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa.
Até o momento, o BC não anunciou intervenção, repetindo a estratégia da véspera, quando também ficou recolhido.
O BC vinha realizando leilões de swaps cambiais reversos --equivalentes a compra futura de dólares-- de forma intensa nas semanas passadas, mas diminuiu o ritmo nos últimos dias, após o mercado ter acalmado um pouco após a Câmara dos Deputados ter aprovado a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma.
Investidores aguardavam os desdobramentos políticos, após o Senado criar na véspera a comissão especial que analisará o impeachment na Casa e eleger seus integrantes, em sua maioria favoráveis ao impedimento.
O parecer da comissão deve ser votado pelo plenário do Senado no dia 12 de maio, ocasião em que, se assim entender a maioria simples dos senadores, a presidente Dilma pode ser afastada por até 180 dias.
Com isso, o mercado seguia monitorando os possíveis nomes que devem formar a equipe de Michel Temer, caso o impeachment seja concretizado.
No fim de semana ganhou força Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, para assumir O Ministério da Fazenda.
Outros nomes que circularam entre os possíveis membros da equipe econômica foram Murilo Portugal, presidente da Febraban, e o senador José Serra (PSDB-SP), ambos para a Fazenda.
Apesar da queda do dólar frente ao real, operadores advertiam que o baixo volume de negócios nesta sessão pode causar alguma volatilidade.
"No geral, a tendência é de queda, mas pode haver certa volatilidade em função do insignificante volume e qualquer operação fazer preço", disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.
O cenário externo também estava no radar dos investidores, à espera da reunião do Federal Reserve, na quarta-feira. A expectativa geral é que o banco central norte-americano mantenha os juros, mas sinalize quando pode voltar a subir as taxas.
Juros mais altos nos EUA podem levar a saída de recursos de países como o Brasil.
Matéria atualizada às 11h45
São Paulo - O dólar caía em relação ao real nesta terça-feira, voltando ao patamar de 3,53 reais, após o Banco Central não anunciar atuações no mercado de câmbio nesta sessão, pelo segundo dia seguido.
O mercado também continuava de olho na cena política do país, com os próximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado e a formação da equipe econômica no eventual governo de Michel Temer.
Às 10:42, o dólar recuava 0,40%, a 3,5342 reais na venda, após queda de 0,61% na véspera. O dólar futuro recuava cerca de 0,75%.
"O principal (para a queda do dólar) é a ausência do BC... Mas se cair muito, perto de 3,50 reais, acho que o BC pode entrar", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa.
Até o momento, o BC não anunciou intervenção, repetindo a estratégia da véspera, quando também ficou recolhido.
O BC vinha realizando leilões de swaps cambiais reversos --equivalentes a compra futura de dólares-- de forma intensa nas semanas passadas, mas diminuiu o ritmo nos últimos dias, após o mercado ter acalmado um pouco após a Câmara dos Deputados ter aprovado a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma.
Investidores aguardavam os desdobramentos políticos, após o Senado criar na véspera a comissão especial que analisará o impeachment na Casa e eleger seus integrantes, em sua maioria favoráveis ao impedimento.
O parecer da comissão deve ser votado pelo plenário do Senado no dia 12 de maio, ocasião em que, se assim entender a maioria simples dos senadores, a presidente Dilma pode ser afastada por até 180 dias.
Com isso, o mercado seguia monitorando os possíveis nomes que devem formar a equipe de Michel Temer, caso o impeachment seja concretizado.
No fim de semana ganhou força Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, para assumir O Ministério da Fazenda.
Outros nomes que circularam entre os possíveis membros da equipe econômica foram Murilo Portugal, presidente da Febraban, e o senador José Serra (PSDB-SP), ambos para a Fazenda.
Apesar da queda do dólar frente ao real, operadores advertiam que o baixo volume de negócios nesta sessão pode causar alguma volatilidade.
"No geral, a tendência é de queda, mas pode haver certa volatilidade em função do insignificante volume e qualquer operação fazer preço", disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.
O cenário externo também estava no radar dos investidores, à espera da reunião do Federal Reserve, na quarta-feira. A expectativa geral é que o banco central norte-americano mantenha os juros, mas sinalize quando pode voltar a subir as taxas.
Juros mais altos nos EUA podem levar a saída de recursos de países como o Brasil.
Matéria atualizada às 11h45