Mercados

Selic e indicadores americanos dividem atenção dos mercados

Semana terá números de peso no Brasil e nos EUA, em mercado já tomado pela volatilidade

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2010 às 15h20.

São Paulo - As discussões sobre inflação voltam ao posto de principal preocupação dos mercados durante a segunda semana de junho, com nova reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nas próximas terça e quarta-feira (8 e 9). A expectativa dos investidores é a manutenção do ritmo no ajuste do juro, com elevação de 0,75 ponto percentual, conduzindo a Selic dos atuais 9,5% para 10,25% ao ano, explica o economista da Gradual Investimentos André Pereira Perfeito. "A reunião não deve render nenhuma surpresa. Com a inflação razoavelmente controlada, não haveria motivo para aumentar a velocidade do aperto monetário", aponta.

Ainda segundo o economista, outro destaque da agenda é a divulgação do PIB brasileiro para o primeiro trimestre, às 9 horas da terça feira (8). "A expectativa é de crescimento de 7,5%, e de avanço de 2,5% na variação trimestral. A tendência é de um crescimento mais forte que acabará desacelerando nos próximos resultados", avalia o economista.

A agenda nacional trará também dados de produção, exportação e venda de veículos na segunda-feira (7) às 10h30; o IGP-DI e o IPCA de maio na manhã quarta-feira (9) às 8 e 9 horas;  IPC-Fipe na quinta-feira (10) às 5 horas e o IGP-M do primeiro decêndio na sexta-feira (11) às 8 horas.

Estados Unidos

Após uma sexta-feira marcada pelo mau humor nas bolsas mundiais,  diretamente ligado ao desempenho fraco do relatório de emprego nos Estados Unidos e às inquietações com a confiança na Hungria, a semana deve começar ainda dependente das estatísticas internacionais. O que significa dias intensos, segundo o economista Clodoir Vieira, da corretora Souza Barros, que ressalta a agenda recheada de indicadores de peso nos Estados Unidos.  "A volatilidade deve continuar forte e acompanhando esses números. Os investidores ainda preferem manter a cautela e devem acompanhar os números", aponta.

Segundo Vieira, entre os destaques estão as vendas do varejo americano, divulgadas na sexta-feira (11)  às 9h30 de Brasília, e crédito do consumidor, que será conhecida às 16 horas de Brasília da segunda-feira (7). Segundo o portal Briefing.com, a expectativa é que o crédito ao consumidor continue a tendência de oscilações, diminuindo em 4,3 bilhões de dólares no mês de abril, após crescimento de 2 bilhões de dólares em março. As vendas do varejo têm alta esperada de 0,2% em maio, em oposição ao crescimento de 0,4% no mês anterior, ainda de acordo com o portal.

Durante a semana, serão divulgados também os dados americanos de estoque de atacado na quarta-feira (às 11h); o Livro Bege do Federal Reserve, o banco-central americano, no mesmo dia (15 h); a balança comercial de abril na quinta-feira (às 9h30) e por fim, na sexta-feira (11), o Michigan Sentiment (10h55 de Brasília), termômetro da confiança do consumidor, em companhia dos dados de estoque das empresas (11 h).
 

Acompanhe tudo sobre:AçõesAmérica Latinabolsas-de-valoresCopomDados de BrasilEstados Unidos (EUA)InflaçãoInvestimentos de empresasJurosPaíses ricos

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado