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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - Após seis dias consecutivos de baixa que levaram a taxa de câmbio para a marca de R$ 1,75, o dólar comercial subiu 1,25% hoje e fechou as negociações no mercado interbancário de câmbio a R$ 1,776. Durante a sessão, oscilou entre a taxa mínima de R$ 1,754 e a máxima de R$ 1,779. Em abril, o dólar comercial acumula baixa de 0,28%; desde o início do ano, alta de 1,89%. Já o euro comercial subiu 0,89% nesta quarta-feira e fechou a R$ 2,372.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar à vista avançou 1,44% no dia e encerrou a sessão cotado a R$ 1,7791, na máxima do dia. No segmento de câmbio turismo, o dólar teve alta de 0,54% para R$ 1,863 na ponta de venda e R$ 1,767 na compra. O euro turismo valorizou 0,65%, cotado em média a R$ 2,493 (venda) e R$ 2,373 (compra).
No mercado internacional de moedas o dia também foi de alta para o dólar em relação ao euro, já que o custo do financiamento da dívida da Grécia não para de subir, o que demonstra certa falta de confiança dos investidores de que o país consiga evitar sua ruína fiscal. O euro caía hoje pela quarta sessão consecutiva e valia, perto das 16h55, US$ 1,335 nas mesas de Nova York.
O dólar, entretanto, caía ante a divisa do Japão, a 93,28 ienes. O banco central do Japão manteve a taxa básica de juros em 0,1% ao ano e não anunciou medidas adicionais de expansão de liquidez. Na China, o governo anunciou que fará um leilão de títulos de 3 anos pela primeira vez desde junho de 2008, no total de US$ 2,2 bilhões, em mais uma iniciativa para drenar a liquidez do mercado e conter a inflação.
No mercado de câmbio brasileiro, o Banco Central tem aumentado o volume de compras de dólares, segundo os dados do fluxo cambial divulgados hoje. No mês de março, o BC adquiriu, na média, US$ 125,7 milhões a cada dia, 547% a mais que o observado em fevereiro, quando as intervenções diárias somaram US$ 19,4 milhões, na média.
O BC também informou hoje que a posição comprada dos bancos no mercado cambial diminuiu para US$ 453,4 milhões em março. O valor é bastante inferior ao de fevereiro, quando as instituições estavam compradas em US$ 2,070 bilhões. Março foi o sexto mês consecutivo em que o sistema financeiro fica "comprado" na moeda norte-americana, o que indica a aposta de que as cotações da divisa devem subir.