SEC processa Elon Musk por divulgação tardia de sua participação no Twitter
Órgão alega que bilionário não divulgou sua participação na empresa, o que lhe permitiu adquirir ações a "preços artificialmente baixos"
Agência de Notícias
Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 11h21.
Última atualização em 15 de janeiro de 2025 às 11h22.
A Comissão de Bolsa e Valores ( SEC, em inglês) entrou com uma ação civil contra Elon Musk na última terça-feira, 14, por fraude de valores mobiliários na compra em 2022 da rede social Twitter, renomeada X. A ação ocorre seis dias antes de Joe Biden deixar a presidência.
O processo alega que Musk não divulgou sua participação ativa no Twitter, como era obrigado a fazer, o que lhe permitiu adquirir ações a "preços artificialmente baixos". O dono da Tesla e SpaceX comprou o Twitter por US$ 44 bilhões em 2022, mas no início daquele ano ele teria acumulado 9% das ações, sem divulgar isso publicamente a tempo.
As regras da SEC exigem a divulgação de uma participação de mais de 5% em uma empresa dentro de um período de 10 dias, algo que Musk não fez.
Isso lhe permitiu continuar comprando cerca de US$ 500 milhões em ações, economizando cerca de US$ 150 milhões, de acordo com a SEC.
Os reguladores, que entraram com a ação no tribunal federal do Distrito de Columbia, estão tentando fazer com que Musk devolva seus lucros injustos e pague uma multa.
O advogado de Musk, Alex Spiro, disse em um comunicado que seu cliente "não fez nada de errado" e chamou o processo de uma alegação "fraudulenta".
Desde que comprou o Twitter, Musk se envolveu na política nacional e internacional e se tornou um grande doador para a campanha presidencial de Donald Trump. O presidente eleito prometeu a Musk um papel influente, liderando um órgão consultivo dedicado a cortar gastos e regulamentações governamentais.