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Superávit abaixo de 2% deixa Brasil mais frágil, diz S&P

Segundo a agência, a política fiscal é o principal ponto fraco da economia brasileira

A agência de classificação financeira Standard & Poor's: em junho, a S&P alterou a nota do Brasil para perspectiva negativa, ainda que mantendo o nível de BBB (Don Emmert/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 13h20.

Rio - Um superávit abaixo de 2% do PIB provavelmente fará com que a dinâmica da dívida e a necessidade de financiamento deixem o Brasil mais frágil. A avaliação é da presidente da Standard & Poor's (S&P) no Brasil, Regina Nunes. Segundo ela, a política fiscal é o principal ponto fraco da economia brasileira, trazendo a questão macroeconômica de volta ao debate no País.

A alteração da perspectiva da nota do Brasil, de estável para negativa, decidida em junho pela agência, segundo Regina, ocorreu "única e exclusivamente pelo comportamento fiscal". Ela descartou a possibilidade de a S&P levar em conta as eleições de 2014 em suas novas decisões (de mudança da nota) "Se tiver que haver uma queda, ela vai ocorrer a qualquer momento", afirmou Regina.

Em apenas uma ocasião, durante a campanha eleitoral de 2002, uma alteração da nota de risco do Brasil para perspectiva negativa deixou de levar a um rebaixamento do rating na S&P. Além disso, rebaixamentos de nota após perspectivas negativas são mais frequentes e rápidos do que elevações quando a perspectiva é positiva.

Segundo Regina, a possibilidade de haver rebaixamento é de "um para três". "A revisão com perspectiva positiva leva mais tempo para ocorrer."

Em junho, a S&P alterou a nota do Brasil para perspectiva negativa, ainda que mantendo o nível de BBB. Segundo Regina, é a primeira vez que a S&P tem a pior nota para o Brasil entre as três agências globais de risco.

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A alteração da perspectiva da nota do Brasil, de estável para negativa, decidida em junho pela agência, segundo Regina, ocorreu "única e exclusivamente pelo comportamento fiscal". Ela descartou a possibilidade de a S&P levar em conta as eleições de 2014 em suas novas decisões (de mudança da nota) "Se tiver que haver uma queda, ela vai ocorrer a qualquer momento", afirmou Regina.

Em apenas uma ocasião, durante a campanha eleitoral de 2002, uma alteração da nota de risco do Brasil para perspectiva negativa deixou de levar a um rebaixamento do rating na S&P. Além disso, rebaixamentos de nota após perspectivas negativas são mais frequentes e rápidos do que elevações quando a perspectiva é positiva.

Segundo Regina, a possibilidade de haver rebaixamento é de "um para três". "A revisão com perspectiva positiva leva mais tempo para ocorrer."

Em junho, a S&P alterou a nota do Brasil para perspectiva negativa, ainda que mantendo o nível de BBB. Segundo Regina, é a primeira vez que a S&P tem a pior nota para o Brasil entre as três agências globais de risco.

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