S&P rebaixa para 'negativa' perspectiva da classificação dos EUA
Apesar do comunicado, nota dos títulos norte-americanos permanece em "AAA"
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2011 às 12h36.
Nova York - A agência de medição de riscos Standard & Poors anunciou nesta segunda-feira que rebaixou para "negativa" a perspectiva de classificação dos Estados Unidos, embora mantém a nota de "AAA" na dívida soberana da primeira economia do mundo.
A empresa indicou que a economia dos Estados Unidos continua sendo "flexível, diversificada e com altas receitas", que está respaldada por uma política monetária "prudente e crível" e que é evidente sua "habilidade de manter o crescimento enquanto contém as pressões inflacionárias".
"Embora consideremos que os pontos positivos são maiores do que os riscos fiscais, econômicos - e a grande dívida externa dos Estados Unidos - acreditamos estes poderiam não compensar completamente os riscos de crédito nos dois próximos anos para manterem-se ao nível 'AAA'", justificou o analista de S&P, Nikola Swann.
No entanto, a empresa indicou que a economia dos Estados Unidos continua sendo "flexível, diversificada e com altas receitas", que está apoiada por uma política monetária "prudente e crível" e isto é evidente em sua "habilidade de manter o crescimento enquanto contém as pressões inflacionárias".
A agência, que também reafirmou nesta segunda-feira a classificação de "A-1+" para a dívida de curto prazo americana, advertiu que há um "risco material que os legisladores dos EUA não cheguem a um acordo em como resolver os desafios orçamentários tanto para médio quanto longo prazo para 2013".
"Mais de dois anos depois do começo da crise, os legisladores americanos ainda não chegaram a um pacto para reverter a atual deterioração fiscal e resolver as pressões fiscais de longo prazo", acrescentou Swann.
Por isso, S&P advertiu aos Estados Unidos que se até 2013 não chegarem a um acordo sobre esta matéria e não começarem a implementar medidas a respeito, "o perfil fiscal americano seria substancialmente mais frágil que a das classificações 'AAA'".
A agência reconheceu que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tornou público seu plano de corte da dívida em US$ 4 trilhões nos próximos 12 anos, mas garantiu que estas propostas são "um ponto de partida" e alertou que "o caminho para chegar a acordos continua sendo desafiante porque as diferenças entre ambos os partidos (democrata e republicano) seguem sendo muito grandes".
Assim, S&P adverte que os primeiros orçamentos dos Estados Unidos que poderiam incluir este tipo de medidas para diminuir os desafios fiscais de médio prazo poderiam ser os de 2014 ou, inclusive, depois.
"Se os legisladores americanos chegam a um acordo nas estratégias de consolidação fiscal, acreditamos que implementar essas medidas poderia levar tempo, como demonstra a experiência em outros países", apontou a agência.
S&P prevê que o déficit do Governo americano "se reduza gradualmente, mas continue algo acima de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2013", e como resultado, a dívida deste país alcançaria 84% para esse ano, levando em conta que a agência espera um crescimento anual próximo de 3% nos EUA.
Nova York - A agência de medição de riscos Standard & Poors anunciou nesta segunda-feira que rebaixou para "negativa" a perspectiva de classificação dos Estados Unidos, embora mantém a nota de "AAA" na dívida soberana da primeira economia do mundo.
A empresa indicou que a economia dos Estados Unidos continua sendo "flexível, diversificada e com altas receitas", que está respaldada por uma política monetária "prudente e crível" e que é evidente sua "habilidade de manter o crescimento enquanto contém as pressões inflacionárias".
"Embora consideremos que os pontos positivos são maiores do que os riscos fiscais, econômicos - e a grande dívida externa dos Estados Unidos - acreditamos estes poderiam não compensar completamente os riscos de crédito nos dois próximos anos para manterem-se ao nível 'AAA'", justificou o analista de S&P, Nikola Swann.
No entanto, a empresa indicou que a economia dos Estados Unidos continua sendo "flexível, diversificada e com altas receitas", que está apoiada por uma política monetária "prudente e crível" e isto é evidente em sua "habilidade de manter o crescimento enquanto contém as pressões inflacionárias".
A agência, que também reafirmou nesta segunda-feira a classificação de "A-1+" para a dívida de curto prazo americana, advertiu que há um "risco material que os legisladores dos EUA não cheguem a um acordo em como resolver os desafios orçamentários tanto para médio quanto longo prazo para 2013".
"Mais de dois anos depois do começo da crise, os legisladores americanos ainda não chegaram a um pacto para reverter a atual deterioração fiscal e resolver as pressões fiscais de longo prazo", acrescentou Swann.
Por isso, S&P advertiu aos Estados Unidos que se até 2013 não chegarem a um acordo sobre esta matéria e não começarem a implementar medidas a respeito, "o perfil fiscal americano seria substancialmente mais frágil que a das classificações 'AAA'".
A agência reconheceu que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tornou público seu plano de corte da dívida em US$ 4 trilhões nos próximos 12 anos, mas garantiu que estas propostas são "um ponto de partida" e alertou que "o caminho para chegar a acordos continua sendo desafiante porque as diferenças entre ambos os partidos (democrata e republicano) seguem sendo muito grandes".
Assim, S&P adverte que os primeiros orçamentos dos Estados Unidos que poderiam incluir este tipo de medidas para diminuir os desafios fiscais de médio prazo poderiam ser os de 2014 ou, inclusive, depois.
"Se os legisladores americanos chegam a um acordo nas estratégias de consolidação fiscal, acreditamos que implementar essas medidas poderia levar tempo, como demonstra a experiência em outros países", apontou a agência.
S&P prevê que o déficit do Governo americano "se reduza gradualmente, mas continue algo acima de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2013", e como resultado, a dívida deste país alcançaria 84% para esse ano, levando em conta que a agência espera um crescimento anual próximo de 3% nos EUA.