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S&P deve rebaixar países da zona do euro nesta sexta

Uma fonte não informou quais ou quantos países poderão ser rebaixados. Outra fonte afirmou que vários países seria atingidos

Em dezembro, a S&P colocou os ratings de 15 países da zona do euro sob revisão negativa de crédito (Stan Honda/AFP)

Em dezembro, a S&P colocou os ratings de 15 países da zona do euro sob revisão negativa de crédito (Stan Honda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2012 às 16h04.

Berlim - A agência de classificação de risco Standard & Poor's deve reduzir nesta sexta-feira a nota de vários países da zona do euro, com exceção da Alemanha e da Holanda, afirmou uma fonte sênior da zona do euro.

A fonte não informou quais ou quantos países poderão ser rebaixados. Outra fonte afirmou que vários países seria atingidos.

"Fiquem em alerta hoje à noite quando os mercados dos Estados Unidos fecharem", disse outra fonte da zona do euro.

Em dezembro, a S&P colocou os ratings de 15 países da zona do euro sob revisão negativa de crédito -incluindo os da Alemanha e da França, que têm rating máximo- e informou que "estresses sistêmicos" estavam aumentando na medida em que as condições de crédito se apertavam no bloco de 17 nações.

Desde então, o Banco Central Europeu (BCE) inundou o sistema bancário com dinheiro barato a um prazo de três anos para evitar uma crise de crédito. Naquela ocasião, a S&P informou que também poderia rebaixar o fundo de resgate da zona do euro, o EFSF.

A agência informou, naquela época, que se um rebaixamento se confirmasse, países como Alemanha, Áustria, Bélgica, Finlândia, a Holanda e Luxemburgo provavelmente veriam cortes de ratings de apenas uma nota.

Os outros nove países -mais notadamente a França, com rating triplo A- poderiam sofrer rebaixamentos de até duas notas.

A S&P não quis comentar nesta sexta-feira a reportagem da Reuters sobre uma iminente onda de rebaixamentos, que atingiu ações, o euro e reforçou a demanda pelo porto seguro da dívida do governo dos EUA.

Um rebaixamento poderia automaticamente forçar alguns fundos de investimento a vender bônus dos países afetados, elevando ainda mais os custos de financiamento desses países.

"Isso foi precificado há várias semanas, mas o mercado tinha ficado complacente durante o recesso, e novo ano começou com uma retomada do apetite por risco, graças parcialmente a um bom leilão espanhol", disse o diretor de estratégia cambial global do BNY Mellon em Boston, Samarjit Shankar.

"Mas o leilão italiano trouxe-nos de volta à Terra e agora enfrentamos o espectro de mais rebaixamentos."

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