Retomada dos leilões de swap faz dólar cair
Após ter caído para abaixo dos R$ 2,20 na sexta-feira, 25, a moeda dos Estados Unidos fechou em queda de 0,32% nesta segunda-feira, cotada a R$ 2,1820
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2013 às 15h55.
São Paulo - A retomada dos leilões de swap para rolagem dos contratos que vencem nesta sexta-feira, 1, voltou a trazer um viés de baixa para o dólar ante o real nesta segunda-feira, 28. Após ter caído para abaixo dos R$ 2,20 na sexta-feira, 25, a moeda dos Estados Unidos fechou em queda de 0,32% nesta segunda-feira, cotada a R$ 2,1820.
Ao longo do dia, a oscilação foi bastante contida, assim como a liquidez, com os investidores à espera de novidades, nesta semana de reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e de definição da Ptax no Brasil.
O dólar manteve-se em baixa durante toda a sessão. Na cotação máxima, vista às 11h48, atingiu R$ 2,1880 (-0,05%) e, na mínima, às 14h29, pouco antes da operação de rolagem do Banco Central (BC), marcou R$ 2,1810 (-0,37%).
Na prática, as margens de oscilação foram bastante estreitas, com os investidores chamando a atenção para o baixo volume de negócios. Perto das 16h30, o giro à vista somava US$ 1,063 bilhão, conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa - US$ 1,003 bilhão. No mercado futuro, o dólar para novembro cedia 0,34%, a R$ 2,184.
Pela manhã, o dólar já recuava ante o real com o mercado à espera dos leilões de swap do BC e de olho no exterior, onde o Fed faz, nesta terça, 29, e na quarta-feira, 30, a reunião de política monetária. No leilão diário de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), o BC vendeu 10 mil contratos, injetando US$ 496,2 milhões no sistema.
A operação fez parte do programa, anunciado em 22 de agosto, de intervenções diárias do BC.
Só que o mercado estava atento também ao leilão de rolagem marcado para entre 14h30 e 14h40. Nele, o BC vendeu mais 20 mil contratos de swap, em um total de US$ 989,5 milhões. Essa foi a quarta intervenção do BC tendo como objetivo a rolagem: na semana passada, foram três e nesta segunda ocorreu mais uma - outras duas operações devem ocorrer nesta terça e quarta-feira.
"O dia foi morno, com muito pouco volume. A atenção esteve voltada para os leilões de rolagem do BC", afirmou o gerente de Câmbio da TOV Corretora, Fernando Bergallo. "A expectativa com uma queda maior do dólar por causa da rolagem deixa muita gente fora do mercado, esperando", justificou o gerente de Câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.
Não se sabe, porém, se o BC rolará todos os cerca de US$ 8,9 bilhões de swaps que vencerão. Por enquanto, com as quatro operações que já ocorreram, foram rolados cerca de US$ 4 bilhões. Caso sejam anunciados mais 20 mil contratos para rolagem para a terça e quarta-feira, cerca de US$ 2,9 bilhões ainda restarão - sendo retirados do mercado no vencimento.
"A rolagem não deve mesmo ser integral", afirmou um profissional da mesa de câmbio de um banco. "Mesmo assim, vai atender o mercado porque o cenário é totalmente diferente daquele de quando o BC entrou (anunciando os leilões diários, no fim de agosto). A postura do Fed ao ter prorrogado a compra de bônus fez diferença e, por isso, seria natural o dólar ceder."
São Paulo - A retomada dos leilões de swap para rolagem dos contratos que vencem nesta sexta-feira, 1, voltou a trazer um viés de baixa para o dólar ante o real nesta segunda-feira, 28. Após ter caído para abaixo dos R$ 2,20 na sexta-feira, 25, a moeda dos Estados Unidos fechou em queda de 0,32% nesta segunda-feira, cotada a R$ 2,1820.
Ao longo do dia, a oscilação foi bastante contida, assim como a liquidez, com os investidores à espera de novidades, nesta semana de reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e de definição da Ptax no Brasil.
O dólar manteve-se em baixa durante toda a sessão. Na cotação máxima, vista às 11h48, atingiu R$ 2,1880 (-0,05%) e, na mínima, às 14h29, pouco antes da operação de rolagem do Banco Central (BC), marcou R$ 2,1810 (-0,37%).
Na prática, as margens de oscilação foram bastante estreitas, com os investidores chamando a atenção para o baixo volume de negócios. Perto das 16h30, o giro à vista somava US$ 1,063 bilhão, conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa - US$ 1,003 bilhão. No mercado futuro, o dólar para novembro cedia 0,34%, a R$ 2,184.
Pela manhã, o dólar já recuava ante o real com o mercado à espera dos leilões de swap do BC e de olho no exterior, onde o Fed faz, nesta terça, 29, e na quarta-feira, 30, a reunião de política monetária. No leilão diário de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), o BC vendeu 10 mil contratos, injetando US$ 496,2 milhões no sistema.
A operação fez parte do programa, anunciado em 22 de agosto, de intervenções diárias do BC.
Só que o mercado estava atento também ao leilão de rolagem marcado para entre 14h30 e 14h40. Nele, o BC vendeu mais 20 mil contratos de swap, em um total de US$ 989,5 milhões. Essa foi a quarta intervenção do BC tendo como objetivo a rolagem: na semana passada, foram três e nesta segunda ocorreu mais uma - outras duas operações devem ocorrer nesta terça e quarta-feira.
"O dia foi morno, com muito pouco volume. A atenção esteve voltada para os leilões de rolagem do BC", afirmou o gerente de Câmbio da TOV Corretora, Fernando Bergallo. "A expectativa com uma queda maior do dólar por causa da rolagem deixa muita gente fora do mercado, esperando", justificou o gerente de Câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.
Não se sabe, porém, se o BC rolará todos os cerca de US$ 8,9 bilhões de swaps que vencerão. Por enquanto, com as quatro operações que já ocorreram, foram rolados cerca de US$ 4 bilhões. Caso sejam anunciados mais 20 mil contratos para rolagem para a terça e quarta-feira, cerca de US$ 2,9 bilhões ainda restarão - sendo retirados do mercado no vencimento.
"A rolagem não deve mesmo ser integral", afirmou um profissional da mesa de câmbio de um banco. "Mesmo assim, vai atender o mercado porque o cenário é totalmente diferente daquele de quando o BC entrou (anunciando os leilões diários, no fim de agosto). A postura do Fed ao ter prorrogado a compra de bônus fez diferença e, por isso, seria natural o dólar ceder."