Mercados

Resultados de empresas ajudam bolsas da Europa a subir

O índice pan-europeu Stoxx 600 ganhou 0,41%, fechando a 304,99 pontos, o maior nível desde 16 de junho de 2008. Na semana, a alta foi de 1,31%


	Em Frankfurt, o índice DAX teve alta de 0,19% e fechou a 8.278,59 pontos, um novo recorde histórico
 (Ralph Orlowski/Getty Images)

Em Frankfurt, o índice DAX teve alta de 0,19% e fechou a 8.278,59 pontos, um novo recorde histórico (Ralph Orlowski/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 14h59.

Londres - As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 10, em meio a balanços corporativos positivos, um leilão de bônus bem-sucedido da Itália e alguns indicadores econômicos melhores do que o esperado na zona do euro.

O índice pan-europeu Stoxx 600 ganhou 0,41%, fechando a 304,99 pontos, o maior nível desde 16 de junho de 2008. Na semana, a alta foi de 1,31%.

O ritmo de crescimento das importações na Alemanha superou o das exportações em março, segundo dados de escritório de estatísticas do país, Destatis.

O superávit comercial ajustado total do país ficou em 17,6 bilhões de euros, superando as expectativas dos analistas consultados pela Dow Jones, de 16,5 bilhões de euros.

Já na Itália, o custo de financiamento da dívida de 12 meses caiu para o nível mais baixo desde que o país adotou o euro no leilão realizado esta manhã. O Banco da Itália informou que foram vendidos 7,0 bilhões de euros em títulos de 12 meses, com yield (retorno ao investidor) médio de 0,703% - o menor já registrado.

A Itália também vendeu 3,0 bilhões de euros em títulos flexíveis, que não têm um vencimento padrão. Os papéis oferecidos têm 219 dias até o vencimento e o yield médio ficou em 0,393%.

Entre os balanços corporativos, a ArcelorMittal informou que seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) caiu 26% no primeiro trimestre deste ano, para US$ 1,57 bilhão.

Mesmo assim, a maior siderúrgica do mundo em volume confirmou suas metas de lucro para este ano e seus papéis fecharam em alta de 6,51% na Bolsa de Londres.


Apesar dos ganhos das bolsas europeias recentemente, alguns analistas dizem que o movimento não é sustentável, impulsionado basicamente pelas ações de relaxamento monetário de grandes bancos centrais ao redor do mundo.

"Os investidores sabem que esse rali artificial não vai durar para sempre, mesmo assim eles não vão descer desse trem bala tão cedo", comentam em nota os analistas da consultora IG.

O principal índice acionário do mercado londrino, o FTSE, ganhou 0,49%, fechando a 6.624,98 pontos. Na semana, a alta acumulada ficou em 1,59%. As ações da empresa de telecomunicação BT Group saltaram 12,26%, antes da divulgação dos resultados do ano fiscal.

Em Frankfurt, o índice DAX teve alta de 0,19% e fechou a 8.278,59 pontos, um novo recorde histórico. No resultado da semana houve avanço de 1,92%. Entre os destaques de alta aparecem HeidelbergCement, com valorização de 2,02%, e Merck KGaA, que subiu 1,52%.

Na Bolsa de Paris o índice CAC-40 avançou 0,64%, encerrando a sessão a 3.953,83 pontos. A alta na semana foi de 1,04%. A montadora Renault subiu 2,13%, impulsionada pelos bons resultado da rival japonesa Nissan. A companhia de tecnologia Gemalto perdeu 3,27%, depois de ter sua recomendação rebaixada pelo Morgan Stanley.

O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, subiu 1,13%, fechando a 17.284,03 pontos, e com isso teve alta de 2,35% na semana. Em Madri, o IBEX-35 caiu 0,33% e terminou a 8.544,50 pontos, o que o fez fechar a semana estável.

Na Bolsa de Lisboa o índice PSI-20 avançou 0,18%, encerrando a sessão a 6.275,60 pontos. Na semana, a alta ficou em 0,35%. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCACDAXFTSEMercado financeiro

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"