Mercados

Bovespa tem 3ª queda por realização de lucros e Petrobras

Pregão encurtado reduziu o volume de negócios, que somou cerca de 3,3 bilhões de reais


	Bovespa: índice teve baixa de 0,6 por cento, a 54.299 pontos
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Bovespa: índice teve baixa de 0,6 por cento, a 54.299 pontos (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 18h14.

São Paulo - A Bovespa teve sua terceira queda seguida nesta terça-feira, pressionada pela realização de lucros de investidores e rumores eleitorais, que afetaram a ação da Petrobras. O pregão foi mais curto por conta do jogo do Brasil contra o México na Copa do Mundo, às 16h.

O Ibovespa teve baixa de 0,6 por cento, a 54.299 pontos. O pregão encurtado reduziu o volume de negócios, que somou cerca de 3,3 bilhões de reais.

"O mercado de hoje está fraco e sem força, propício à realização de lucros. Lá fora temos somente notícias negativas como as do Iraque e a bolsa ainda tem uma 'gordura' para queimar", disse o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.

A maior refinaria de petróleo do Iraque, em Baiji, foi fechada e seus funcionários estrangeiros foram retirados do local, que foi cercado por grupos armados.

O conflito deixou investidores mais cautelosos e preocupados com o preço do petróleo, o que ajudou a derrubar as ações da Petrobras, que importa derivados da commodity.

O papel da estatal foi afetado também por especulações do mercado sobre a próxima pesquisa sobre as eleições de outubro.

Levantamento encomendado ao Ibope pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem divulgação programada para os próximos dias.

"Será a primeira pesquisa após a abertura da Copa e tem muita gente no mercado acreditando que a reação contra as vaias à presidente Dilma Rousseff pode tê-la ajudado, com uma estabilização nas intenções de voto", disse o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset.

Ele acrescentou ainda que o papel da Petrobras foi alvo de realização de lucros após subir em reação a pesquisas anteriores.

As ações de Banco do Brasil e Eletrobras, também estatais, foram outras que apareceram entre as maiores quedas do Ibovespa. O mercado tem comemorado a queda de Dilma nas pesquisas, em um momento de ceticismo com a economia.

Dados dos Estados Unidos também estiveram no radar. Os preços ao consumidor nos EUA tiveram o maior aumento em mais de um ano em maio, antes da decisão de política monetária do banco central norte-americano, o Federal Reserve, na quarta-feira.

"A inflação mais alta pode fazer com que o Fed reveja a velocidade de sua política de normalização dos juros", afirmou a Elite Corretora.

Por aqui, além da Petrobras, as ações da depositária de títulos privados Cetip apareceram entre as maiores quedas, após a companhia divulgar dados operacionais de maio.

Analistas da XP Investimentos afirmaram que houve uma redução significativa no ritmo de registro dos ativos de renda fixa e derivativos e que o resultado foi impactado pelo menor crescimento das carteiras de crédito e apetite por captação das instituições financeiras.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa fecha perto da estabilidade após corte de gastos e apagão global

Mais na Exame