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Dólar a vista fecha a R$ 2,00

Moeda fechou no maior nível desde 8 de julho de 2009

O Goldman Sachs e a RBS Securities foram grandes beneficiados do programa de créditos de emergência do Fed (Karen Bleier/AFP)

O Goldman Sachs e a RBS Securities foram grandes beneficiados do programa de créditos de emergência do Fed (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2012 às 17h52.

São Paulo - Em um dia de forte oscilação, o dólar iniciou o pregão em queda, inverteu o sinal no meio do dia acompanhando a piora externa e fechou nesta quarta-feira em leve alta. A preocupação quanto a uma saída desordenada da Grécia da zona do euro tem deprimido o humor dos investidores, mas o avanço do dólar nos últimos dias abriu espaço para alguma realização de lucros rumo ao final da sessão doméstica. Ainda assim, o dólar à vista fechou a R$ 2,0010 (+0,05%) no maior nível desde 8 de julho de 2009, quando a cotação foi de R$ 2,0100.

Na máxima, a moeda bateu R$ 2,0080 e chegou a R$ 1,9870 na mínima. Na BM&F, a moeda spot encerrou com leve queda de 0,04%, a R$ 1,9991. No fim da tarde, o dólar para junho de 2012 recuava 0,07%, a R$ 2,008. O giro financeiro total somava US$ 1,228 bilhão até as 16h30 (US$ 1,195 bilhão em D+2).

Um estrategista de um banco europeu afirmou que, após a depreciação do real em março e abril, alimentada em grande medida pelas intervenções e medidas do governo, a valorização mais recente do dólar parece estar sendo conduzida por preocupações ligadas à zona do euro. Mais cedo, operadores citaram um fluxo levemente negativo no mercado local.


Um operador não vê como provável a venda de dólares pelo Banco Central em reação ao nível de R$ 2,00. "O aumento do preço do dólar e o repasse para a inflação não ocorrem de forma automática. Existe uma defasagem para que isso ocorra", disse. Há analistas citando, porém, que um patamar superior a R$ 2,00 deve ser suficiente para deflagrar a venda de moeda.

O Banco Central Europeu (BCE) confirmou nesta quarta-feira que interrompeu negociações com alguns bancos gregos nas suas operações regulares de política monetária, até que essas instituições tenham sido adequadamente recapitalizadas. Nos Estados Unidos, a ata do Federal Reserve mostrou preocupação com Europa e com a situação fiscal do país.

Por aqui, dados do Banco Central indicam que o fluxo cambial voltou a ficar positivo na segunda semana de maio, em US$ 121 milhões. O montante diminuiu a saída de recursos no acumulado do mês, que agora marca fluxo cambial negativo de US$ 639 milhões até o dia 11. Também no mês de maio até o dia 11, as reservas internacionais aumentaram em US$ 63 milhões, graças às compras de dólar realizadas pelo BC no mercado à vista.

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