Exame Logo

Queda do petróleo, prévia da Vale, balanços do BofA, Citigroup e Goldman Sachs: o que move o mercado

A véspera foi marcada por otimismo nas bolsas americanas, com o S&P 500 e o Dow Jones renovando suas máximas de fecharmento, puxados por Nvidia

Radar: mercado acompanha queda do preço do petróleo (Getty Images/Reprodução)
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 15 de outubro de 2024 às 08h49.

Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta terça-feira, 15.Nos Estados Unidos, a véspera foi marcada por recordes do Dow Jones e Nasdaq, com o mercado otimista em relação à Nvidia. Hoje, à espera de resultados de grandes bancos, os índices futuros operam próximos à estabilidade.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, com os mercados do Japão, Coreia do Sul, Índia, Austrália e Filipinas registrando ganhos, enquanto as bolsas da China amargaram duras perdas após números decepcionantes de setembro, divulgados ontem após o fechamento dos mercados.

Veja também

O país registrou uma alta nas exportações de 2,4% em relação ao ano passado, e de 0,3% nas importações - dados muito abaixo das expectativas. A decepção local fez o índice Xangai Composto recuar 2,53%, enquanto o CSI 300 caiu 2,66%. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 3,67%.

Na Europa, as bolsas operam sem direção única, com as ações de petrolíferas caindo, enquando as de telecomunicações avançam após o balanço positivo da sueca Ericsson.

Queda de 5% do petróleo

O petróleo opera, na sessão desta terça-feira, com queda de quase 5%, atingindo o menor valor em duas semanas.O movimento ocorre na esteira da demanda mais fraca, com dúvidas em relação ao consumo por parte da China.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou sua previsão de crescimento da demanda global de petróleo para 2024, reduzindo a projeção de 1,74 milhão de barris por dia (bpd) para 1,64 milhão bpd.

A revisão da demanda para baixotem como principal fator justamente a desaceleração no consumo da China.A previsão para o crescimento da demanda chinesa em 2024 foi reduzida de 650 mil bpd para 580 mil bpd, refletindo as dificuldades do mercado doméstico e as margens mais estreitas para exportação.

A situação na China ocorre paralelamente à produção recorde dos Estados Unidos, ampliando o excesso de oferta global e enfraquecendo ainda mais os preços.

Somam-se os relatos de que Israel evitou atingir alvos de petróleo no Irã, aliviando temores de interrupções na oferta no país, que é um dos maiores produtores da commodity do mundo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, teria assegurado aos EUA que eventuais ataques de Israel teriam como foco alvos militares e não as instalações nucleares ou de petróleo, de acordo com o Washington Post.

Isso contribuiu para dissipar o chamado “prêmio de guerra” embutido nos preços, que refletia as tensões geopolíticas no Oriente Médio. Às 8h06, o petróleo de referência Brent recuava 4,79% cotado a US$ 73,76 por barril. Já a referência West Texas Intermediate (WTI) caía 5% cotada a US$ 70,14.

O recuo elimina os ganhos registrados nas sete sessões anteriores, quando investidores estavam preocupados com riscos de oferta devido à possibilidade de retaliação israelense após um ataque com mísseis iranianos.

Balanços

De olho na temporada de balanços, agora pela manhã são esperados os resultados do Bank of America (NYSE: BAC), C itigroup (NYSE: C), Goldman Sachs (NYSE: GS), Charles Schwab (NYSE: SCHW) e Johnson & Johnson (NYSE: JNJ). Pela noite, United Airlines (NASDAQ: UAL) divulga seus números. Amanhã de manhã, será a vez do Morgan Stanley (NYSE: MS).

Recorde das bolsas americanas

As bolsas americanas, que ao longo do ano vem renovando seus recordes, ultrapassaram novamente suas máximas na véspera. Tanto o S&P 500 quanto o Dow Jones registraram novos recordes de fechamento aos 5.859,85 e 43.065,22 pontos, respectivamente.

As bolsas foram puxadas pelas ações de tech, principalmente Nvidia (NASDAQ: NVDA), que terminou a sessão com seu maior valor de mercado em US$ 3,4 trilhões, quase superando a Apple (NASDAQ: AAPL), com valor de mercado em US$ 3,5 trilhões.

Prévia da Vale

No mercado corporativo local, a mineradora Vale (VALE3) divulga, após o fechamento do mercado, sua prévia operacional referente ao terceiro trimestre deste ano. O balanço completo está previsto para sair no dia 24 de outubro.

Agenda

Terça-feira, 15 de outubro

Acompanhe tudo sobre:Petróleobolsas-de-valoresAçõesBalançosNvidiaVale

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Invest

Mais na Exame