Mercados

Protecionismo não é resposta a desigualdade, diz Obama

"O mundo está mais próspero do que nunca, e mesmo assim nossas sociedades estão marcadas pela incerteza e pela inquietação", afirmou presidente


	Obama: classificando o capitalismo como o maior impulsionador de prosperidade que o mundo já conheceu, o presidente argumentou que o comércio mais ajudou a economia dos EUA
 (Lucas Jackson/Reuters)

Obama: classificando o capitalismo como o maior impulsionador de prosperidade que o mundo já conheceu, o presidente argumentou que o comércio mais ajudou a economia dos EUA (Lucas Jackson/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 09h33.

Os Estados Unidos devem trabalhar com todas as nações para criar economias mais fortes - americano, Barack Obama, em artigo publicado na revista Economist nesta quinta-feira.

Meses antes de deixar a Casa Branca, o que ocorrerá em janeiro, Obama escreveu que uma certa desconfiança da globalização tomou conta dos EUA, o que não difere muito do descontentamento que levou à desfiliação do Reino Unido da União Europeia em um referendo em junho.

"O mundo está mais próspero do que nunca, e mesmo assim nossas sociedades estão marcadas pela incerteza e pela inquietação", escreveu Obama.

"Então temos uma escolha: nos refugiar em economias antigas e fechadas ou seguir adiante, reconhecendo a desigualdade que pode vir com a globalização e ao mesmo tempo nos comprometendo em fazer com que a economia global funcione melhor para todas as pessoas, não só as que estão no topo".

Classificando o capitalismo como o maior impulsionador de prosperidade que o mundo já conheceu, Obama argumentou que o comércio mais ajudou do que prejudicou a economia dos EUA.

Sua defesa entusiasmada do comércio vai de encontro às políticas declaradas de seus dois sucessores em potencial, que dizem que muitos acordos comerciais prejudicaram os trabalhadores norte-americanos.

A Parceria Transpacífico endossada pelo mandatário enfrenta a oposição do candidato presidencial republicano Donald Trump e de sua rival democrata na eleição de 8 de novembro, Hillary Clinton, que Obama apóia.

Obama listou quatro grandes desafios estruturais que seu país enfrenta: "intensificar o crescimento da produtividade, combater a desigualdade crescente, fazer com que todos que queiram um emprego o consigam e criar uma economia resistente que esteja aparelhada para o crescimento futuro".

Ao exaltar as conquistas dos oitos anos de sua presidência, destacando ter evitado que a recessão de 2007-2009 se transformasse em uma depressão, Obama afirmou que foram deixados fundamentos para um futuro melhor.

"Os Estados Unidos devem continuar comprometidos em trabalhar com todas as nações para criar economias mais fortes e mais prósperas para todos nossos cidadãos por muitas gerações", escreveu.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEmpresas espanholasEstados Unidos (EUA)GlobalizaçãoPaíses ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mercados

Executivos do mercado financeiro investem em educação e transforam a vida de jovens de baixa renda

Dólar sobe para R$ 6,19 com indefinição sobre emendas parlamentares

Megafusão de Honda e Nissan: um 'casamento' de conveniência sob intensa pressão

Ibovespa fecha penúltimo pregão em baixa e cai 1,5% na semana; dólar sobe 2%